Relação de troca entre preço do frango X milho é entrave para avicultor paulista

Publicado em 29/01/2020 15:53
Apesar de cotações pressionadas para o frango em São Paulo, preços praticados atualmente ainda são melhores do que em janeiro/19
Juliana Pila - Analista Scot Consultoria

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Mercado do Frango - Entrevista com Juliana Pila - Analista Scot Consultoria

 

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Os custos de produção para o avicultor paulista representam o maior entrave no setor neste começo de ano, de acordo com a analista de mercado da Scot Consultoria, Juliana Pila. Segundo ela, desde o fim de dezembro até agora, a ave no atacado em São Paulo teve desvalorização de quase 20%, enquanto o milho em janeiro de 2020 está mais de 28% mais caro que no mesmo mês do ano passado. Juliana explica que nos próximos meses o preço do frango deve começar a ter lenta recuperação, com aumentos mais consistentes a partir do segundo semestre.

De acordo com Juliana, no início do ano é esperado que as cotações do frango estejam um pouco mais baixas já que, ainda que o preço desta proteína seja mais competitivo, o menor poder aquisitivo da população nesta época prejudica a demanda. Esta seria a principal razão para a desvalorização maior para a ave no atacado. 

Ainda que as cotações estejam pressionadas, ela explica que os preços praticados no mercado de frango este ano estão melhores que no ano passado. No caso do frango atacado, o preço em janeiro de 2020 é cerca de 6% maior do que no período em 2019, enquanto para a ave na granja, o valor é quase 10% maior do que o que era pago em janeiro de 2019. 

Assim como as vendas no mercado interno, as exportações também diminuíram o ritmo, mas as expectativas de embarques para o ano de 2020 ainda são positivas, conforme explica a analista, principalmente para a China, que ainda não conseguiu controlar o problema com a Peste Suína Africana e ainda depende da importação de proteínas animais.

Outra questão sanitária que atingiu a China em cheio, o coronavírus, é algo que já está afetando a economia do país, mas de acordo com Juliana, ainda é cedo para mensurar como este problema pode impactar as exportações de frango do Brasil. 

 

 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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