BR pode barrar peste suína se chegar aqui, mas controle tem que melhorar com o fim da 'politização' das questões sanitárias

Publicado em 29/04/2019 10:29
Nos últimos 10 anos a defesa sanitária brasileira saiu da esfera técnica para ser debatida no plano político e resultou em relaxamento. A Secretária de Defesa Sanitária tem que ter liberdade de ações, como a Receita Federal, até para exigir contrapartidas estaduais, dotação orçamentária independente e os técnicos têm que ser ouvidos. Mapa está no caminho certo, inclusive no programa de autocontrole que passará a exigir das empresas.
Ênio Marques - Diretor da Agrosolution

 

 

 

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Entrevista com Ênio Marques - Diretor da Agrosolution sobre o Controles Contra a Peste Suína Africana

 

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Se a peste suína cheguar ao Brasil, o país vai conseguir se proteger da doença devido à infraestrutura sanitária. De acordo com o Diretor da Agrosolution, Ênio Marques, os agricultores não precisam se preocupar com a peste suína já que o Brasil conta com uma ótima infraestrutura de defesa sanitária.

“O Ministério da agricultura está sendo repaginado e tem dois departamentos que são muito importantes, sendo que um deles trabalha com regulação e inteligência. O outro fica responsável por laboratórios, vigilância de fronteira e emergências”, comenta.

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Para evitar que as doenças de outros países cheguem ao Brasil, os aeroportos e portos trabalham com protocolos para inspecionar todos os produtores que saiam dos aviões e navios.“É evidente que com as mercadorias contrabandeadas não tem esse cuidado, apenas os produtos de todos os navios são verificados”, aponta.

Os estudos da Doutora e pesquisadora Ishizuka mostram a cronologia da disseminação de surtos suínos domésticos e da peste suína. “Essa doença tem vários ciclos, sendo que o ciclo começou na África com animais selvagens e depois passou para os suínos. Depois entrou pela a Europa com carne contaminada e se alastrou pela a Península Ibérica”, afirma.

Nos países asiáticos tem um forte hábito de criação de suínos em casa o que contribui para a disseminação da doença. “Quando ocorre qualquer risco de doença, as pessoas acabam vendendo rapidamente o produto para se livrar da mortalidade e isso acaba apressando a forma de irradiação do problema”, destaca.

Veja íntegra do estudo da prof. dra. Masaio Mizuno Ishizuka que subsidia o Mapa e os trabalhos do consultor Ênio Marques: 

Por: Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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