Peste suína clássica no CE ainda não está dominada e reacende debate sobre o controle eficaz de outras doenças, como a aftosa

Publicado em 03/12/2018 09:07
Embora menos preocupante que a peste suína africana, a mobilização em curso mostra preocupação não apenas com a esta doença em si, mas com os "buracos" que aparecem no controle sanitário brasileiro, que exige uma gestão única, mais firme. A imagem do Brasil continua em cheque no mercado internacional de proteína animal.
Marcelo Lopes - Presidente ABCS

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Entrevista com Marcelo Lopes - Presidente ABCS sobre a Peste suína no CE preocupa

 

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O estado do Ceará apresenta alguns focos de peste suína clássica. Apesar de não ser tão perigosa como a peste suína africana, a doença preocupa as autoridades brasileiras e mobiliza uma série de esforços para conter o avanço das contaminações.

“O Ministério da Agricultura está fazendo este controle e o monitoramento. Tivemos uma reunião no final da semana passada com algumas entidades privadas já no sentido de mobilizar o setor privado para que possamos entrar na luta e controlar esses focos que estão no Ceará. Como se trata de uma área não livre é preciso conter isso e vai ser preciso um investimento público-privado para abater esses animais dentro do foco e entrar com a vacinação no estado para que não haja contaminação nos outros estados ao redor”, diz Marcelo Lopes, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS).

Além de resolver o problema em pouco tempo, a expectativa é que esse caso leve a adoção de melhores práticas preventivas pelo país. “Isso pode servir de exemplo para que a gente possa unificar as gestões sanitárias no país, por exemplo a febre aftosa, que nós temos vacinação no país inteiro. Então precisamos de um controle também na peste suína clássica com a continuidade de uma política sanitária muito forte e um controle rigoroso por parte do governo federal. Somos um país continental, então precisamos de um controle continental, os buracos de cobertura tem que ser minimizados para não deixarmos brechas”, analisa Lopes.

Por: Giovanni Lorenzon e Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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