Compras e vendas em grupo reduziram em 15% as despesas dos suínocultores paulistas

Publicado em 26/11/2015 13:04
Compras e vendas em grupo reduziram em 15% as despesas dos suínocultores paulistas

Através do Consórcio Suíno Paulista, os suinocultores independentes do Estado de São Paulo estão conseguindo reduzir em 15% seus custos. Com compras e vendas conjuntas o produtor diminui seus custos e consegue negociar o melhor preço pela arroba suína.

O Consórcio, criado há quatro anos pela APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), realiza compras conjuntas de 65 micro-nutrientes, 11 produtos macro-nutrientes, além de 15 ingredientes como milho, soja, farelo de soja, farinha de osso, etc.

Segundo o suinocultor de Holambra (SP), Alberto Van Den Broek, atualmente o sistema conta com mais de 40 mil matrizes comprando em conjunto. E esses mesmo produtores também se unem para realizar a comercialização do suíno.

"Quando eles vendem, a bolsinha informa imediatamente os preços pelo celular aos suinocultores. Com isso, é eliminado o atravessador e a especulação desenfreada e os preços passam a vigorar essencialmente pelo sistema de oferta e demanda", explica o jornalista João Batista Olivi.

Outro destaque do Consórcio é aumentar ainda mais a carteira de empresas que negociam com os suinocultores paulistas e incrementar a relação de produtos comercializados. No Brasil o volume de suinocultores independentes é baixo, as maiorias dos produtores optam pelo sistema integrado, onde o suinocultor recebe da agroindústria, os insumos (alimentos e medicamentos) e a orientação técnica.

Custo

Apesar dessa redução nos custos com a adesão ao Consórcio, Broek ressalta que outros fatores como o aumento da energia elétrica, e a falta de recursos de custeio tem prejudicado o desenvolvimento das granjas.

"Hoje o preço do suíno está bom (R$ 82,00/@), mas o custo está muito elevado, e também existe a preocupação com o consumo. Nós tememos que a população não tenha dinheiro para consumir a carne", declara o produtor.

Com isso, fica a apreensão do setor em depender das exportações para dar vazão a maior produção que está ocorrendo neste ano.

Por: João Batista Olivi e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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