Preços ao produtor recuam menos que o esperado com volume de leite captado comprometido pelo clima e alta no custo da alimentação dos animais

Publicado em 10/11/2015 11:23
Preços ao produtor recuam menos que o esperado com volume de leite captado comprometido pelo clima e alta no custo da alimentação dos animais

Apesar de continuar em queda no mês de outubro (0,65%) o preço pago ao produtor, segundo levantamento da Scot Consultoria, apresentou uma redução menos acentuada que a prevista.

Considerando a média nacional, o produtor recebeu R$0,963 por litro. E em relação a igual período de 2014, a queda é de 2,3% este ano. Segundo o zootecnista da Scot, Rafael Ribeiro, considerando o início do período de safra no sudeste a desvalorização ficou abaixo da expectativa que era de 1,5%.

"Caiu menos porque nós tivemos as questões de clima afetando a produção. No sul do país o excesso de chuva prejudicou a produtividade e a coleta do leite e, por outro lado, no Brasil Central nós tivemos a falta de chuva em algumas regiões que influenciou na captação do leite", explica Ribeiro.

Além disso, o aumento nos custos da alimentação dos animais também restringiu os investimentos do produtor no setor. Sendo assim, a produção à pasto foi comprometida pelo excesso de chuvas em algumas regiões, em contrapartida a elevação nos preços do milho e farelo de soja também influenciou na alimentação no cocho.

Segundo o Índice Scot para a captação de leite, a produção em setembro - considerando a média nacional - caiu 0,03% em relação a agosto. "Para novembro, com as chuvas mais regulares e melhor distribuídas pelo país, nos já trabalhamos com um crescimento na produção", destaca o analista.

Neste sentido, para o pagamento de novembro (produção de outubro), 45% dos laticínios pesquisados acreditam em queda de preços, 42% em manutenção e os apenas 13% restantes em aumento.

"O cenário que estamos traçando é de mercado pressionado até o começo do ano que vem, tanto pelo aumento da produção, mas também em função desse período de férias onde a demanda é fraca", analisa Ribeiro.

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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