Inverno mais rigoroso com La Niña pode afetar produção de segunda safra no Sul do país e café em MG e SP
O climatologista Luiz Carlos Molion destacou para o Notícias Agrícolas nesta sexta-feira (09) que o La Niña segue em plena atuação e que, por isso, boa parte do Sul do Brasil está sofrendo com a seca. Como indícios da atuação do fenômeno, ele também cita o que está ocorrendo no Hemisfério Norte, com invernos rigorosos e temperaturas baixas.
Para Molion, o La Niña deve persistir até maio e junho, entrando posteriormente na neutralidade e voltando a se estabelecer no restante do ano, persistindo até janeiro de 2019. Em fevereiro e março de 2019, o La Niña deverá ter uma atuação fraca.
No inverno brasileiro, a atmosfera irá responder ao mesmo impulso. Desta forma, a produção de grãos e de café pode se ver afetada pelas baixas temperaturas. Nos Estados Unidos, os solos estarão congelados no momento do plantio e, caso esse La Niña persista, ele poderá trazer problemas para o momento da colheita, com geadas antecipadas.
Molion lembra que o último inverno brasileiro foi bastante frio e que na primeira semana de janeiro as serras catarinenses enfrentaram uma geada em pleno verão.
Do ponto de vista climático, o climatologista acredita que a safrinha não terá problemas. Contudo, o sul e o sudeste podem ter um inverno mais forte do que o normal.