Próxima onda de frio só deve acontecer em agosto e clima no Brasil segue seco

Publicado em 20/07/2016 12:55
Próxima onda de frio só deve acontecer em agosto e clima no Brasil segue seco. Lavouras nos EUA podem ser prejudicadas pelo clima nos próximos dias

O tempo seco e frio deve continuar ao longo de todo o inverno no Brasil Central. Somente no início da próxima semana uma frente fria conseguirá avançar trazendo chuvas apenas ao sul do país.

Além disso, segundo o agrometeorologista, Marco Antônio do Santos, não há riscos para ocorrência de geadas nos próximos 20 dias. As previsões indicam a entrada de uma nova massa de ar polar de forte intensidade para agosto.

"Se ela vai causar geadas tão severas como ocorreu agora, ainda não é possível prever, mas o fato é que uma nova massa de ar polar - um pouco mais intensa - vai avançar sobre o Brasil Central em meados de agosto", afirma Santos.

Nos Estados Unidos, a previsão para esses próximos 10 dias indicam chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas. E de acordo com boletim do USDA (Departamento de Agricultura do Estados Unidos, sigla em inglês) neste período metade das lavouras de soja e milho estão em fase de florescimento, ou seja, bastante suscetíveis a seca e altas temperaturas.

Dessa forma, Marco Antônio considera que a safra norte-americana poderá ter quebras localizadas, mas nada muito significativo. A Bolsa de Chicago, porém, vem acompanhando de perto as previsões e realizando diariamente rally's climáticos.

Conforme explica o agrometeorologista, "acima de 34C a planta já entra em estado de dormência, como uma defesa natural", refletindo especialmente, no peso dos grãos.

La Niña

Em uma nova previsão, o NOAA, departamento oficial de clima dos Estados Unidos, informou que as chances de ocorrência do La Niña estão entre 55% a 60%, revisando a estimativa inicial de 75%.

Para Marco Antônio, "a chance de termos uma La Niña na safra 2016/17 é altíssima, porém será de fraca intensidade e curta duração", explica.

De acordo com ele, especialmente no verão o fenômeno ainda estará com baixa intensidade. "Havia uma projeção inicial de que a La Niña poderia perdurar até o outono de 2017, mas agora as previsões indicam que no final do verão ela já entrará em declínio", diz.

Dessa forma, na primavera são previstos regimes de chuvas chegando atrasado no sudeste, centro-oeste e Matopiba. Já no verão, onde o fenômeno tende a perder força, a expectativa é um período com precipitações regulares, com ocorrência de invernada, que costumeiramente prejudicam a colheita e/ou semeadura da safra de verão.

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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