Chuvas superam 90 mm no sudeste brasileiro neste final de semana. Outra frente fria é prevista para a próxima sexta-feira

Publicado em 23/05/2016 07:47
João Batista Olivi conversa com o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos na Rádio Notícias Agrícolas. Chuvas chegam atrasadas para a salvar a safrinha, mas a frente fria não causa geadas nas lavouras. O frio permanece no sul do País. O outono está dentro da regularidade climática.

Grande parte do Estado de São Paulo, sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo vêm recebendo chuvas desde o final da última semana, devido à presença de uma frente fria. Foram cerca de 70 a 80 mm de chuvas, no período, volume que corresponde a quase 90% de toda precipitação esperada para o mês de maio.

Essas precipitações, embora benéficas para as lavouras de milho safrinha, atrasaram o andamento da colheita do café e cana de açúcar na região. Contudo, de acordo com o agrometeorologista da Somar, Marco Antônio dos Santos, esse padrão climático deve se alterar a partir da terça-feira (24), onde o tempo abre em todo o Brasil, devido ao enfraquecimento dessa frente fria e o avanço de uma massa de ar polar, que já derruba as temperaturas no sul do país.

As chuvas também colaboraram para recuperação das represas paulistas. O Sistema Cantareira alcançou 65,4% do total da sua capacidade, neste domingo, de acordo com dados divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

"Esse é um volume total, já incluindo o volume morto. O problema é que entraremos no período seco com um percentual menor do que no ano passado - se descontarmos o volume morto -, mas se contarmos com ele estamos com um volume muito superior, então não há riscos de racionamento em todo o Estado de São Paulo", explica Santos.

Para as demais regiões, como Matopiba e Pará, o tempo segue aberto e sem previsões de chuvas, com exceção da faixa norte das regiões Nordeste e Norte.

Marco Antônio lembra ainda que o avanço da massa de ar polar trará condições de temperaturas baixas na região Centro-Sul, mas sem risco de geadas, somente para as regiões serranas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Por: João Batista Olivi e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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