Café se recupera do tombo em Nova York, mas queda do dólar ainda mantém negociações em ritmo lento no físico

Publicado em 25/01/2023 15:49 e atualizado em 25/01/2023 16:57
Comercialização da safra 22 está em 75%, mais lenta que no ano passado, mas dentro do esperado diante de tantas incertezas
Gil Barabach - Analista da Safras e Mercado

Podcast

Café se recupera do tombo em Nova York, mas queda do dólar ainda mantém negociações em ritmo lento no físico

 

 

Pelo terceiro dia consultivo o mercado futuro do café arábica teve um dia de valorização no pregão desta quarta-feira (25) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Março/23 teve alta de 260 pontos, negociado por 162,45 cents/lbp, maio/23 teve alta de 255 pontos, cotado por 162,85 cents/lbp, julho/23 teve valorização de 225 pontos, cotado por 162,50 cents/lbp e setembro/23 teve alta de 165 pontos, cotado por 161,45 cents/lbp. 

De acordo com análise de Gil Barabach, da Safras & Mercado, o mercado do café se recupera das baixas em Nova York, mas ainda assim a comercialização da safra continua lenta.

Neste pregão, o café teve mais um dia de suporte no câmbio para avançar no exterior. O dólar finalizou o dia com 1,20% de baixa e negociado por R$ 5,08 na venda, novamente influenciado pela entrada de recursos estrangeiros no Brasil, segundo agentes financeiros. 

A comercialização da safra 22 está em 75%, de acordo com último levantamento da consultoria. O volume de negócios fica abaixo do observado no mesmo período no ano passado, quando a comercialização estava em 82%. 

O analista acrescenta que esse é um cenário que já esperado pelo setor, diante de tantas incertezas em relação ao potencial do Brasil no próximo ano, o produtor segue operando com cautela e fechando negócio a medida que precisa fazer caixa. 

Na Bolsa de Londres, o tipo conilon também avançou nesta quarta. Março/23 teve alta de US$ 27 por tonelada, negociado por US$ 1970, maio/23 teve valorização de US$ 25 por tonelada, negociado por US$ 1939, julho/23 teve alta de US$ 20 por tonelada, negociado por US$ 1906 e setembro/23 avançou US$ 16 por tonelada, negociado por US$ 1875. 

No Brasil, o dia foi marcado por variações mistas nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,47% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.035,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,96%, valendo R$ 1.030,00, Machado/MG teve alta de 4,04%, valendo R$ 1.030,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 1,47%, cotado por R$ 1.032,00.

O tipo cereja descascado teve alta de 3,26% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.110,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,88%, cotado por R$ 1.130,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 1,39%, cotado por R$ 1.092,00. 

>>> Confira a entrevista completa no vídeo acima 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Preços do café estendem alta de 3 semanas e fecham sessão desta 6ª feira (22) com ganhos de mais 4% na bolsa de Londres
Café: Mesmo nas máximas em 13 anos, preços não afastam compradores e mercado ainda é bastante resiliente
Safra de café da Colômbia 24/25 projetada em 12,9 mi sacas, diz USDA
Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas decide os vencedores de 2024
Café no varejo: vendas aumentaram 1,1% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2023
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)
undefined