Resistência do produtor em vender é a maior evidência de que a safra 23 de arábica não será tão positiva assim, afirma analista

Publicado em 30/11/2022 16:13 e atualizado em 30/11/2022 17:32
NY subiu ontem e hoje, mas ainda assim produtor mantém cautela e negócios estão travados há mais de um mês
Eduardo Carvalhaes - Analista de Mercado do Escritório Carvalhaes

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Resistência do produtor em vender é a maior evidência de que a safra 23 de arábica não será tão positiva assim, afirma analista

 

O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta quarta-feira (30) com valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Ainda assim, o dia foi marcado por poucos negócios e pelo produtor brasileiro aguardando novos patamares de preço. 

Março/23 teve alta de 100 pontos, negociado por 169,90 cents/lbp, maio/23 teve valorização de 105 pontos, valendo 170,15 cents/lbp, julho/23 teve alta de 105 pontos, cotado por 170 cents/lbp e setembro/23 teve alta de 125 pontos, valendo 169,55 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres, o tipo conilon também teve um dia positivo. Março/23 teve alta de US$ 16 por tonelada, negociado por US$ 1849, maio/23 teve alta de US$ 14 por tonelada, valendo US$ 1836, julho/23 teve alta de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 1824 e novembro/23 teve alta de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 1809. 

"Chuvas abaixo do normal no Brasil provocaram preocupações com a safra de café e estão pressionando os preços para cima. Os preços do café tiveram suporte depois que a Somar Meteorologia informou na segunda-feira que a região de Minas Gerais, no Brasil, recebeu 36,7 mm de chuva na semana passada, ou apenas 58% da média histórica", destacou a análise do site internacional Barchart. 

De acordo com Eduardo Carvalhaes, os negócios seguem travados e as preocupações com a produção do ano que justificam o cafeicultor cauteloso. "Só agora, agências internacionais de notícias começam a constatar e relatar a frustração da próxima safra brasileira de arábica 2023, o que agrônomos e cafeicultores brasileiros já vinham afirmando desde o início de outubro", destacou a última análise do Escritório Carvalhaes. 

No mercado físico o dia foi marcado por poucas variações nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,03% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 960,00, Machado/MG teve queda de 1,50%, negociado por R$ 985,00. Patrocínio/MG teve alta de 4,90%, cotado por R$ 1.070,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 0,93% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.060,00, Patrocínio/MG teve alta de 5,66%, valendo R$ 1.120,00 e Varginha/MG teve alta de 2,33%, negociado por R$ 1.100,00. 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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