Menor oferta brasileira: Rabobank reduz estimativa de safra de café arábica para 36 milhões de sacas em 2021
O início desta semana foi marcado por dois dias de altas expressivas para o mercado de café. Na segunda feira (22), os contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US) subiram mais de 500 pontos, enquanto na terça-feira a valorização ficou acima dos 300 pontos. Na Bolsa de Londres, para o café conilon, o cenário foi o mesmo e a valorização ficou acima dos US$ 40 por tonelada nos dois dias.
Desde o final do ano passado o mercado observa mais de perto as condições da safra brasileira de café arábica. Na medida em que o desenvolvimento da safra avança, novos números de quebra para o Brasil chegam no mercado. Durante o pregão da terça-feira (23), o Rabobank divulgou uma redução na expectativa de safra de café arábica do Brasil para 36 milhões de sacas. Em dezembro, o banco apontava para uma produção de aproximadamente 37,2 milhões de sacas.
Segundo Guilherme Morya, analista do Rabobank, o mercado de fato já estava entendendo essa baixa na oferta brasileira, mas que é natural que os números sejam revisados com a aproximação da colheita.Além da produção de café arábica, o especialista destaca que o mercado está atento com a oferta de café de qualidade que também deve sofrer os impactos da estiagem.
Além da quebra no Brasil, o mercado reagiu à vancinação em massa contra a Covid-19. Com um cenário otimista de uma demanda mais aquecida nos Estados Unidos e na Europa, e uma redução na oferta brasileira, os preços subiram. Guilherme destaca, no entanto, que é importante ressaltar que o consumo do café ainda segue com o cenário de incerteza, como foi observado durante 2020, levando em consideração que há ainda medidas de restrição em imporantes polos consumidores de café.
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