Ainda sem saber o tamanho do impacto da seca, produtor de café participa menos do mercado futuro

Publicado em 23/12/2020 16:15 e atualizado em 30/12/2020 15:07
Cooxupé afirma que ainda não é possível quantificar baixas, mas destaca que produtor deve manter os cuidados na lavoura já visando as próximas safras
Osvaldo Bachião - Vice-Presidente da Cooxupé

Podcast

Ainda sem saber o tamanho do impacto da seca, produtor de café participa menos do mercado futuro

 

Download

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, Osvaldo Bachião Filho, vice-presidente da Cooxupé, destacou que apesar de desafiador o ano de 2020 finaliza como um grande ano da cafeicultura do país. Com uma safra que chama atenção, tanto em quantidade como em qualidade, a maior cooperativa de café do mundo finaliza o ano com recorde de recebimento nos estoques. 

"Esse ano foi muito mais que desafiador, talvez um dos anos mais desafiador de todos, mas pensando na Cooxupé e no nosso café, eu diria que foi muito bom", afirma Bachião. Destaca ainda que o clima foi favorável para a produção da safra 2020, com chuvas bem distribuídas e temperaturas amenas. 

O cenário, no entanto, começou a mudar a partir de abril, com a pausa nas chuvas, sendo positivo também para a colheita. "Isso ajudou bastante o cooperado terminar uma safra grande com qualidade muito e com preços médios muito bons também", comenta. 

Apesar das condições positivas para a safra deste ano, o produtor chega em 2021 com incertezas quanto a próxima produção. Com uma falta de chuva significativa na principal região produtora do país desde abril, as altas temperaturas no período da florada, já indicando uma quebra para 2021, apesar de ainda não ser possível quantificar as baixas. 

Falando em mercado, a temporada de 2020 também foi marcada por uma antecipação de vendas. Segundo dados da Cooxupé, em fevereiro, cerca de 60% da safra já estava travada, cenário que muda para 2021 diante da dificuldade em quantificar o tamanho da próxima produção. "Para a próxima safra, o grande desafio que está aí é saber o tamanho dessa safra, ainda não dá para quantificar. O que é possível dizer que nosso coperados participou em alguns momentos de alta, participo com volume pequeno porque ninguém sabe quanto vai colher e o cooperado está atento às oportunidades", comenta Osvaldo. 

Além de estar atento às oportunidades, Osvaldo destaca que é importante que o produtor mantenha os cuidados das lavouras, visando não só o ano de 2021, mas também a safra de 2022. Voltou a chover em Minas Gerais de maneira abrangente no final de novembro, indicando assim uma normalização do sistema chuvoso em toda área de café. 

Confira a entrevista completa no vídeo acima   
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Preços do café estendem alta de 3 semanas e fecham sessão desta 6ª feira (22) com ganhos de mais 4% na bolsa de Londres
Café: Mesmo nas máximas em 13 anos, preços não afastam compradores e mercado ainda é bastante resiliente
Safra de café da Colômbia 24/25 projetada em 12,9 mi sacas, diz USDA
Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas decide os vencedores de 2024
Café no varejo: vendas aumentaram 1,1% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2023
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)
undefined