Exportação de café deve continuar forte no primeiro tri de 2021, mas com mudanças no perfil exportador ao longo do ano
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Exportação de café deve continuar forte no primeiro tri de 2021, com incremento nos volumes do conilon no segundo semestre
Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé, destaca em entrevista ao Notícias Agrícolas, que o ano foi desafiador, consequência da Covid-19, mas que os embarques comprovam que o Brasil, como maior produtor e exportador de café do mundo, se mantém forte e competitivo, além de considerar os desafios com a logísticas superados.
Destaca ainda que o bom embarque é resultado de um mercado que estava "pronto", levando em consideração as travas realizadas pelo produtor. "A entrada da nova safra foi muito importante, nós tivemos uma safra de boa quantidade e excelente qualidade. Os importadores já tinham vendido boa parte dessa safra com antecipação, resultando em excelentes resultados. Isso mostra a capacidade do Brasil com a qualidade, quantidade e sustentabilidade", afirma.
O café tipo conilon, que ao longo deste ano registrou um aumento significativo na participação, deve continuar forte nos próximos meses. O presidente destaca que o consumo global de café conilon já representa 40% do total. "Isso é uma tendência. O Brasil no ano que vem, apesar dos problemas ocorridos com estiagem, o Espírito Santo não sofreu isso e haverá um incremento de produção na safra do robusta", comenta. Destaca ainda que o Brasil ficará ainda mais forte nas exportações do conilon no segundo semestre do ano que vem, com a entrada da nova safra.