Estimativa de quebra para safra 21 de café faz preços explodirem e NY finaliza com altas acima de 700 pts
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Entrevista com Fernando Maximiliano - Analista de Café da StoneX sobre o Mercado do Café
As preocupações com a safra 21 do brasil voltaram a sondar o mercado de café e as cotações finalizaram o dia com altas expressivas na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Durante o pregão desta sexta-feira (27) o mercado repercurtiu os números de uma grande trade. Segundo a trader internacional, a produção de café arábica no Brasil deve ter uma quebra de 33% em 2021, consequência da falta de chuvas e intenso calor nas lavouras brasileiras. Os números mostram uma safra com apenas 34,2 milhões de sacas de arábica.
"A Volcafe também projeta que a queda na produção de café no Brasil levará o mercado global de arábica a um déficit recorde de -11 milhões de sacas em 2021/22", destacou o site internacional Barchart em sua análise diária.
Março/21 teve alta de 705 pontos, valendo 124,20 cents/lbp, maio/21 teve valorização de 685 pontos, negociado por 125,85 cents/lbp, julho/21 teve alta de 665 pontos, valendo 127,35 cents/lbp e setembro/21 encerrou com alta de 640 pontos, valendo 128,50 cents/lbp.
Parelo às questões climáticas, o mercado ainda acompanha a evolução da pandemia do Coronavírus. De acordo com Fernando Maximiliano, analista da StoneX, o avanço no desenvolvimento da vacina também dá suporte de alta para as cotações. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, Maximiliano destaca que uma possível vacina indicaria uma retomada mais efetiva no consumo de café. Veja a entrevista completa no vídeo acima
Além do Brasil, também preocupa o setor cafeeiro as condições das lavouras na América Central. A região foi atingida por dois furacões nas últimas semanas. Segundo analistas, o impacto é maior para o setor de logística, mas ainda assim os danos para o café preocupam o setor. Vale lembrar que Honduras é responsável por mais de 70% dos estoques certificados da ICE, que iniciaram uma recuperação da baixa expressiva dos últimos 20 anos, também durante as últimas semanas.
Além da quebra na produção, o aumento de doenças nas áreas de café em Honduras também preocupa o setor. Haroldo Bonfá, analista de mercado da Pharos Consultoria, afirma que a produção hondurenha já vinha enfrentando um aumento nos números de doenças nas plantas, o que pode aumentar com excesso de umidade e ser um fator de alta para o mercado nos próximos dias.
Segundo análise semanal do Conselho Nacional do Café (CNC), no mercado físico, a liquidez segue limitada, tendo sido registrados alguns poucos negócios com o conilon, quando os preços subiram. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e robusta se situaram em R$ 578,52/saca e R$ 409,57/saca, respectivamente com variações de -0,1% e +0,2%.
No Brasil, o dia também foi de valorização nas principais praças produtoras do país nesta sexta-feira (27).
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 4,94% em Guaxupé/MG, valendo R$ 637,00, Poços de Caldas/MG registrou valorização de 4,17%, valendo R$ 625,00, Araguarí/MG teve alta de 3,23%, negociado por R$ 640,00, Varginha/MG registrou alta de 5,69%, valendo R$ 650,00 e Franca/SP teve valorização de 2,46%, negociado por R$ 625,00.
O tipo cereja descascado registrou alta de 4,48% em Varginha/MG, valendo R$ 700,00, Guaxupé/MG teve valorização de 4,62%, negociado por R$ 680,00, Poços de Caldas/MG registrou alta de 3,79%, valendo R$ 685,00.
Já o mercado de café conilon, na Bolsa de Londres, finalizou a semana com altas técnicas para os principais contratos nesta sexta-feira. Janeiro/21 teve alta de US$ 2 por tonelada, valendo US$ 1411, março/21 subiu US$ 2 por tonelada, valendo US$ 1413, maio/21 teve alta de US$ 3 por tonelada, valendo US$ 1424 e julho/21 encerrou com alta de US$ 5 por tonelada, valendo US$ 1439.
"O café conilon também tem apoio nas preocupações com a safra de café no Vietnã. A Agência Nacional de Meteorologia do Vietnã disse na segunda-feira que as Terras Altas Centrais do Vietnã, a maior região produtora de café do país, podem receber de 20% a 40% mais chuva do que a média de longo prazo em dezembro", destacou o site internacional Barchart.
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