Procafé: Baixa para 2021 deve ser de pelo menos 25% no café arábica; mercado deve reagir à baixa apenas no ano que vem
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Entrevista com João Marcelo Oliveira de Aguiar - Superintendente Executivo Fundação Procafé sobre o Mercado do Café
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, nesta quarta-feira (11), João Marcelo Oliveira de Aguiar - Superintendente Executivo Fundação Procafé, voltou a destacar as condições dos cafezais brasileiros. Sem chuvas expressivas desde o começo do ano e com temperaturas elevadas em Minas Gerais, produtores já começam a enxergar a realidade para o ano de 2021.
João destaca que os números ainda são recentes, mas que muito provavelmente a baixa para 2021 deve ser de pelo menos 25% para o árabica. "Nós estamos falando em uma redução da oferta a nível mundial de quase 16 milhões de sacas de café", destacou. Voltou a destacar ainda que as chuvas daqui em diante não revertem as perdas, apenas paralisam o processo.
Falando em mercado, o analista destaca que no curto prazo não deve sentir os impactos da seca. Segundo João, mesmo com os números expressivos, neste momento, players estão voltados para a entrada da safra brasileira, consequentemente com alta nas exportações brasileiras que pressionam os preços no exterior.
Destaca ainda que as condições também devem continuar pressionadas também pela colheita na Colômbia e na América Central, o que também favorece o abastencimento amplo dos estoques internacionais. A reação no mercado futuro deve acontecer, segundo o analista, a partir do ano que vem quando os números das baixas forem mais exatos.
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