Seca e altas temperaturas no café: "Não temos lembrança de um ano como esse, é realmente muito preocupante", afirma Cooxupé
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Entrevista com Mário Ferraz de Araújo - Gerente do Departamento de Desenvolvimento Técnico - Cooxupé sobre as Lavouras de Café
A condição dos cafezais na principal região produtora do país, em Minas Gerais, segue preocupando todo o setor cafeeiro. Mário Ferraz de Araújo, gerente do Departamento de Desenvolvimento Técnico da Cooxupé, destacou em entrevista ao Notícias Agrícolas, nesta segunda-feira (9), que a situação é complicada porque além da falta de chuva, as temperaturas prejudicam as condições das lavouras.
Em setembro, após uma chuva mais expressiva, foi registrada uma florada generalizada em toda a região, mas como as chuvas não foram frequentes, o pegamento da florada não deve acontecer conforme o previsto. Após um ano de produtividade alta, como foi em 2020, a tendência é de safra com ciclo baixo no ano que vem. "Em comparação com 2019, último ano de bienalidade baixa, com certeza a safra vai ser menor", afirmou Mário Ferraz.
Apesar das previsões meteorológicas indicarem condição de chuvas nos últimos dias, o especialista destacou que o volume além de ser baixo, a chuva ainda acontece de forma muito irregular. "Em alguns locais choveu até um volume significativo, mas de maneira bastante pontual. As previsões de chuva não estão se confirmando", complementou.
A seca atinge, inclusive, cidades produtoras que deveriam sentir menos os impactos da estiagem, como em Monte Santo e Nova Resende. "Essa situação das fotos estão ocorrendo de certa forma generalizada. Nós não temos lembrança de um ano como esse, é realmente muito preocupante e não é difícil imaginar que nós realmente teremos uma grande quebra de safra", afirma.
Confira fotos enviadas pela Cooxupé, tiradas em Monte Santo e Nova Resende nos últimos dias: