Café: Ocorrência de granizo provoca a queda dos botões florais da safra 2019/20 em Patrocínio (MG)

Publicado em 18/09/2018 10:57
Cenário preocupa os cafeicultores, uma vez que os custos de produção estão mais altos devido à recente valorização cambial. Cerca de 10% da safra 2018/19 ainda precisa ser colhida na região. Saca do café é cotada entre R$ 400 a R$ 410, próximo do custo de produção entre R$ 360 a R$ 380 por saca.
Osmar Pereira Jr. - Presidente do Sindicato Rural de Patrocínio/MG

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Entrevista com Osmar Pereira Jr. - Presidente do Sindicato Rural de Patrocínio/MG - Acompanhamento de Safra do Café

 

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Na região de Patrocínio/MG, as lavouras de café ficaram comprometidas com a chuva de granizo que ocorreu no último sábado, dia 15 de setembro. Contudo, a precipitação atingiu locais específicos como os municípios de Delfim Moreira, Santa Luzia, Catiara e Serra do Salitre.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Osmar Pereira Jr, os cafezais estavam sofrendo com a falta de chuvas expressivas, sendo que a última aconteceu no final do mês de fevereiro. “Nós tivemos uma florada fora de época e tivemos essas chuvas de pedras que agravou ainda mais a situação”, afirma.

Com a chuva de granizo, os cafezais perderam os botões florais e as pedras favoreceram a queda dos chumbinhos. “Isso é um prejuízo muito grande para o produtor rural que já está dentro de uma dificuldade financeira com os custos de produção elevados”, comenta.

Em relação à colheita da safra 2018/19, a liderança destaca que 10% das lavouras de café ainda precisam ser colhidas na localidade. “A atual temporada é grande com maturação muito forte, isso fez com que os produtores da região tivessem um café de altíssima qualidade”, aponta.

Confira as imagens da chuva de granizo 

Preços

Atualmente, as referências do café na localidade estão ao redor de R$ 400,00 a R$ 410,00 a saca, tendo em vista que os valores estão muito próximos aos custos de produção que estão entre R$ 360,00 a R$ 380,00 por saca. “O que está mantendo esses preços é a valorização cambial, pois se o dólar estivesse abaixo desse valor seria mais prejuízo ao cafeicultor”, diz.

Por: Fernanda Custódio e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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