Com aposta de safra acima de 60 mi/sacas no Brasil e estoques elevados na mão de compradores, preços do café em NY estagnaram
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Com aposta de safra acima de 60 mi/sacas no Brasil e estoques elevados na mão de compradores, preços do café em NY estagnaram
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York apresentaram altas expressivas, por volta dos 260 pontos nos principais vencimentos. Contudo, os preços ainda não são atrativos para os produtores, que avaliam que os fundamentos apontam para uma situação favorável às altas.
Gil Carlos Barabach, analista de mercado da Safras & Mercado, destaca que a recuperação de hoje no mercado vem para corrigir o excesso de otimismo que existia em torno das floradas que surgiram após as chuvas no Brasil.
Por outro lado, os estoques também estão na mão dos compradores e dos produtores, mesmo que este seja um ano de safra pequena. Com isso, a estratégia por parte dos compradores é de alongar esses estoques, apostando em um abastecimento maior vindo de outras origens, "esticando o tempo" até chegar a próxima safra brasileira.
Os operadores internacionais, contudo, ainda trabalham em um cenário de que o Brasil irá produzir 60 milhões de sacas no próximo ano. Qualquer sinal que apresente ameaça para essa produção, o que será observado ao longo dos meses de novembro e dezembro, poderá mudar o jogo do mercado.
Barabach acredita que exista espaço para as cotações subirem. Com isso, a estratégia do produtor de trabalhar de uma forma contida no momento em que o mercado está se alinhando é correta, na avaliação do analista. Os cafeicultores que estão necessitando fazer caixa podem vender o café de menor qualidade e esperar a valorização para vender o de maior qualidade.