Sem chuvas há 30 dias, cafeicultores do Norte do Paraná já começam a se preocupar com pegamento da florada de final de agosto
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Sem chuvas há 30 dias, cafeicultores do Norte do Paraná já começam a se preocupar com pegamento da florada de final de agosto
Carlos Amaral, analista da A Rural Corretora, destaca que a produção de café no Paraná conta com um grande potencial dentro das fazendas, que não trabalham apenas como monocultura. No norte do estado, em especial, a tecnologia entra em cena nos principais processos da produção, o que trouxe uma queda para os custos e tornou a cultura viável novamente na região. Cerca de 60% a 65% das lavouras contam com esse plantio mais moderno, número que tende a aumentar.
Há 30 dias, a região recebeu chuvas acima de 80mm, o que estimulou a abertura das floradas. Entretanto, se as chuvas não voltarem, a região poderá ter quedas de chumbinho.
De acordo com Amaral, 40% do potencial do parque cafeeiro se expressou em floradas, em média, com lavouras que ficaram acima dessa média.
A estimativa é que a produção repita a safra passada, de 1 milhão e 300 sacas, já que, devido ao manejo, as propriedades possuem quase sempre o mesmo volume de café, "mas ainda é cedo falar em números", para o analista. Os preços giram em torno de R$420 a R$470, a depender da qualidade da bebida, o que cobre os custos e deixa margem para o produtor.
Ele salienta a necessidade da liberação de um produto que combata a broca do café, que é a principal ameaça da cultura e pode se tornar "algo grave para o Brasil".