Em Minas Gerais, pesquisadores relatam o primeiro registro da cochonilha-vermelha-do-cafeeiro em lavouras
Pesquisadores da EPAMIG (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) descobriram o primeiro caso de cochonilha-vermelha-do-cafeeiro em lavouras de café arábica em Minas Gerais. A presença do inseto não era registrada no Brasil desde 1919, quando houve uma descoberta no estado de São Paulo. Neste ano a espécie foi encontrada no município de João Pinheiro (MG).
Segundo o pesquisador Ernesto Prado, um dos responsáveis pelo trabalho, o volume populacional da cochonilha encontrada na lavoura foi considerado baixo, não havendo, portanto a necessidade da implementação de medidas de controle.
A praga atua sugando a seiva do café, podendo ser encontrada em botões florais, chumbinhos e brotações, onde a cochonilha desenvolve uma produção de teias. "Quando a praga está nos botões às plantas que são afetadas podem apresentar queda de chumbinho e frutos, e o manejo só pode ser realizado nos locais atacados", explica o pesquisado.
Ao todo existem 15 espécies de cochonilhas-farinhentas associadas ao cafeeiro no Brasil. A diferença básica entre a cochonilha-vermelha e outras espécies está em seu tamanho e no volume da produção de teias, “mas o dano que elas podem causar é simular, pois todas sugam a seiva e produzem uma melaço que deixam as folhas pretas" afirma Prado.
No monitoramento, o pesquisador alerta que os produtores devem ficar atentos à presença de insetos nas plantas, haja vista que a melaço atraí formigas - especialmente as lava-pés e pretas - e estão muito relacionados a colônias de cochonilhas.
Atualmente não há no mercado produtos químicos registrados para o combate do inseto nos pés de café.