A partir de junho, oferta atual de bois caindo, confinamento menor, mais consumo aquecido, a @ deve melhorar
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Entrevista com Caio Toledo Godoy - Consultor de gerenciamento de riscos da INTL FCStone sobre o mercado do boi gordo
A expectativa é que a partir do mês de junho, o mercado do boi gordo terá menos oferta e o confinamento de primeiro giro deve ser muito menor que do segundo. Contudo, o consumo deve melhorar devido aos fatores econômicos internos e o preço do frango que está subindo.
O Consultor em Gerenciamento de Riscos da INTL FC Stone Caio Toledo Godoy, destaca que não há melhorias para o mercado em curto prazo até o fim deste mês, já para as negociações de longo prazo começaram a modificar com base nas cotações da BM&F bovespa. “Desde sexta-feira passada, nós observamos um movimento de valorização da arroba a partir do segundo semestre. Na qual, as referências para o estado de São Paulo vão estar ao redor de R$ 139,00/@”, ressalta.
O mercado do boi vai se modificar a partir entre os meses de junho a julho em função dos preços do milho que tornam o confinamento inviável aos pecuaristas. “Eu acredito que a intenção de confinamento deve diminuir muito daqui pra frente. Além disso, a BM&F não retomou os patamares vistos no começo do ano”, afirma.
Para os pecuaristas que querem fazer operações de hedge via BM&F bovespa é importante ficar atento aos próximos meses, pois podem ter boas oportunidades de negócios. “Às vezes tem algumas oportunidades que tem ali e os pecuaristas devem aproveitar o momento”, comenta.
- Confinamento
Ainda segundo o consultor, há realidades muito distintas entre os pequenos e grandes confinadores. Isso porque, os confinadores de grande porte possuem estrutura larga, contratos com os frigoríficos mais expressivos e gestão de negócios na propriedade.
“Mais de maneira geral, nós vemos que o confinamento de primeiro giro será menor, já boa parte comprou a reposição no ano passado e esses animais devem sair no segundo giro. Agora é hora de fazer o dever dentro de caso, pois o de fora já foi todo feito”, destaca.
Abate de fêmeas
Neste ano teve um excesso de abate de fêmeas em especial nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. De acordo com Godoy, houve uma virada do ciclo da pecuária no final de 2016 e que aumentou o número de vacas no gancho. “Neste movimento, nós temos vacas velhas e leiteiras que estão indo para o gancho e muitos que estão saindo do ramo. E isso acabou ajudando a inchar o mercado que aconteceu até abril”, diz o consultor.
A produção de fêmeas é voltada para o consumo domestico e não para a exportação. Entretanto, o excesso de vacas para o abate vai refletir no preço da reposição que tende a subir nos próximos anos.
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