Escalas de abate alongam em São Paulo com aumento na oferta de animais e tendência é de pressão sobre @ nos próximos 10 dias
O mercado do boi segue pressionado. Os próximos dias serão de testes para novos patamares, inferiores aos praticados anteriormente.
Douglas Coelho, da Radar Investimentos, destaca que a pressão de baixa já foi mais forte, mas a expectativa é de que as tentativas de compra em preços menores continuem nos próximos dias.
Há um movimento de alongamento das escalas de abate. Em São Paulo, a média atingiu 7 dias úteis. Com isso, a oferta de animais continuou abrindo espaço para os frigoríficos testarem outros preços.
A demanda segue estagnada, sem alteração drástica. O consumo interno continua reprimido, mas a oferta tem dado a oportunidade dos frigoríficos se abastecerem nos principais estados.
Justamente em um período no qual não há expectativa de reação por conta do mercado, é possível que, nos próximos dez dias, esse mercado continue pressionado.
Em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás, as escalas alongaram bastante e é possível que uma parcela dos pecuaristas já tenham vendido seus estoques. Em regiões mais fortes de cria, é possível que a oferta seja maior, por um volume expressivo.
O boi gordo tem boa parte das ofertas de compra entre R$124/@ a R$125/@, mas, com o alongamento das escalas, a segunda cotação deve se tornar menos frequente.
Coelho destaca que a situação do JBS ainda não foi definida e o embargo dos Estados Unidos continua. Esses pontos são fundamentais para o acompanhamento dos produtores em relação ao mercado.
Em relação ao confinamento, a situação está volátil. O preço dos grãos é favorável, mas as incertezas tiram um pouco do peso do confinamento como um todo, como destaca Coelho.