Boi gordo no Pará perdeu mais de R$20,00 por arroba desde a operação carne fraca
Valteir Gomes Rezende, presidente do Sindicato Rural de Redenção, no sul do Pará, conta que a região se destaca na pecuária de corte, com um grande potencial na criação do gado por questões de clima e de localização.
A produção é composta, 90%, em pasto. Com a chegada da agricultura, os confinamentos começaram a aparecer e devem crescer nos próximos anos, como acredita o presidente.
O período de estiagem é curto, com as chuvas encerrando ao final de junho e retomando entre o final de agosto e início de setembro. Entretanto, há municípios nos quais chove o ano todo, o que ajuda a manter o pasto.
Hoje, a região está no segundo lugar na produção pecuária do país, atrás apenas do Mato Grosso do Sul. O boi ganha tempo em função do clima e das pastagens.
Contudo, em questão de preços, a região está sofrendo bastante. Os preços giram em torno de R$119/@ para o boi gordo. Além disso, deve ser feito ainda o desconto para o Funrural.
Em um raio de 400km, há, aproximadamente, 13 frigoríficos. O JBS foi o que mais dominou o mercado nos últimos anos, mas como o frigorífico deixou de comprar a vista, há uma situação preocupante para os produtores da região. Outros frigoríficos também estão com poder de barganha por conta de uma oferta maior.
Os produtores também estão na expectativa de retomar os embarques de boi vivo, que foram interrompidos por conta de um acidente. Neste momento, a oferta está bastante superior à demanda.