Faeg orienta pecuaristas a evitar vendas à prazo para JBS. Empresa detém 34% da demanda por animais no estado
Em Goiás, 34% dos abates são realizados pela JBS e desde que a empresa entrou no centro dos escândalos de corrupção do país, os pecuaristas ficaram temerosos.
Os frigoríficos além de suspender as vendas à vista, também paga abaixo das outras indústrias, na tentativa de pressionar o mercado.
O vice-presidente institucional da Faeg (Federação de Agricultura de Goiás), Eduardo Veras, conta que os preços estão 12% abaixo do mesmo período do ano passado. No caso da JBS a empresa oferta R$ 120/@ [sem sucesso nas negociações], enquanto os demais pegam até R$ 125/@.
No ano passado, o pecuarista vendia seus animais a R$ 140/@ e essa queda expressiva nas cotações tem preocupado a Federação. "O produtor está perdendo a capacidade de honrar seus compromissos financeiros."
Segundo Veras, a Faeg orienta vendas somente à vista e que, se possível, os produtores pulverizem os contratos evitando a concentração de negócios com uma empresa, para diminuir os riscos financeiros.
A expectativa é de que a JBS retorne ao mercado nas próximas semanas por necessidade de recompor os estoques, elevando a necessidade de compra e conseqüentemente os preços da arroba.
A Federação também organiza, a partir desta sexta-feira (26), rodadas de discussão para buscar alternativas ao setor, como acesso ao crédito e prolongamento de custeio.