Enquanto arroba recuou mais de 10% em MT, preço da carne teve queda inferior a 2%. Paralisação de frigoríficos não se justifica

Publicado em 13/04/2017 12:03
Em Mato Grosso, preços ainda não reagiram como em São Paulo, mas movimento de alta é esperado para os próximos dias
Confira a entrevista com Francisco Manzi - Dir. Técnico Acrimat

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A pecuária no Mato Grosso ainda vive momento de incerteza. A paralisação das indústrias frigoríficas fez o preço do boi gordo caísse 10%, enquanto na carne o recuo não chegou a 2%.

Das 22 plantas frigoríficas do estado, 7 estão paralisadas com férias coletivas. "Não entendemos muito bem porque isso acontece, já que no mercado externo os principais players voltaram a comprar e, o mercado interno foi pouco afetado", diz o diretor técnico da Acrimat, Francisco Manzi.

No Mato Grosso 49% dos abates estão concentrados com a JBS. Dessa forma, as férias coletivas colaboraram com prolongamento das escalas nas demais plantas, provocando quedas expressivas nos preços.

Desde a operação Carne Fraca, o arroba bovina saiu de R$ 134 para R$ 122 [sem desconto do Funrural]. Nessas circunstâncias, "pedimos que o produtor não se desespere na hora de vender, abatendo os animais para pagar exclusivamente as contas", orienta Manzi.

Segundo levantamento da Acrimat, em parceria com o Imea, a arroba no Mato Grosso deveria estar de R$ 10 a R$ 12 reais acima do atual preço praticado, considerando a referência de São Paulo, descontando frete e ICMS.

Segundo ele, a expectativa era de que o mercado apresentasse recuperação nesta semana, especialmente baseado na firmeza dos negócios que já ocorre em São Paulo.

Após o dia 20, quando as indústrias prometem voltar ao abate, a tendência é de que a procura por animais aumente, recuperando parte das perdas. "Com a manutenção da alíquota de 6% do ICMS, também temos esse possibilidade de demanda de fora do estado", lembra o diretor.

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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