Importação de arroz com qualidade diferente da brasileira é risco ao país e pode gerar desabastecimento

Publicado em 27/05/2024 18:37 e atualizado em 04/06/2024 18:01
Antônio da Luz destaca que gasto com medidas será maior do que o orçamento de outras pastas do Governo, e acredita que situação pode desestimular produtores para próxima safra, contribuindo para causar desabastecimento no país
Conexão Campo Cidade -

No programa Conexão Campo Cidade desta semana foram abordados diversos temas, incluindo a importação de arroz pelo Brasil com uma qualidade diferente da produzida internamente e a possibilidade de desabastecimento do produto no mercado interno.

Na última sexta-feira (24), o governo federal anunciou por meio de duas medidas provisórias, liberou a importação de arroz e a alocação de R$6,7 bilhões por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para adquirir 895,9 mil toneladas do grão em outros países.

De acordo com o Economista Chefe da Farsul, Antônio da Luz, a qualidade desse grão importado é de uma qualidade inferior ao que o brasileiro está acostumado a consumir. “A produção desse alimento tem um processo ambiental totalmente diferente do que é visto no Brasil, pois utilizam produtos que aqui são proibidos”, reportou no Conexão Campo Cidade.
 

Além disso, o economista aponta que esse produto será comercializado por outro valor e com um selo do governo. “Essa é uma medida absolutamente desastrosa e prejudicial ao mercado. Esse valor das medidas provisórias é mais que o governo gasta com o Pronaf”, informou.

Ex-presidente da John Deere Brasil, Paulo Herrmann, destaca que é importante identificar ações que precisam ser tomadas para que incidentes desta natureza, quando ocorrerem, não tenham todo esse efeito devastador.

Cooperativismo

O Sistema OCB, em parceria com a instituição Checon, divulgou a pesquisa de imagem do cooperativismo 2023, realizada em todas as regiões do Brasil, com a participação de 11.522 respondentes. Segundo a Gestora da área de marketing e comunicação no Sistema OCB, Samara Araújo, os resultados são muito positivos e foi possível melhorar a percepção da sociedade frente ao cooperativismo.

“Em uma pesquisa realizada em 2018,  somente 44% da população sabia mencionar alguma cooperativa. Neste ano, o resultado é que 77% das pessoas que participaram sabem citar o nome de uma cooperativa. Dentre as cooperativas mais citadas está a Sicoob, Sicredi, Aurora, Coamo, Cocamar, Coopersucar e Copacol”, comentou durante o programa. 

Outro ponto que foi mapeado na pesquisa é a percepção das pessoas sobre o cooperativismo. “Na pesquisa passada tinha muitas pessoas associando o cooperativismo em algo ultrapassado, mas nos últimos cinco anos essa imagem melhorou bastante e 88% associou à cooperativa há algo moderno e inovador”, completou Araújo.

Fonte: Notícias Agrícolas

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