USDA estima menores produção e estoques finais globais de milho na safra 22/23
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe suas primeiras projeções para a safra 2022/23 de grãos do país e do mundo e um dos destaques é a menor oferta de milho esperada para a nova temporada. O reporte indicou a a produção global do cereal em 1.180,72 bilhão de toneladas, contra 1.215,62 bilhão da safra anterior.
Assim, os estoques finais da nova safra são esperados em 305,13 milhões de toneladas, contra pouco mais de 309 milhões de 2021/22.
As colheitas de alguns dos principais países produtores de milho do mundo foram estimadas menores do que a da safra anterior, já contabilizando os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia, bem como uma redução de área nos Estados Unidos.
A safra norte-americana foi estimada em 367,30 milhões de toneladas, contra 383,94 milhões de 2021/22. Na Ucrânia, a safra passa a 9 milhões de toneladas, contra 23 milhões colhidas na temporada anterior.
Em contrapartida, a produção de milho do Brasil é esperada pelo USDA em 126 milhões de toneladas, contra 116 milhões da safra anterior, enquanto a colheita da Argentina poderia chegar a 55 milhões, contra 53 milhões de toneladas 2021/22.
Com essa estimativa para as safras, o USDA também estima maiores exportações de milho pelo Brasil e pela Argentina, bem como menores para Ucrânia e Estados Unidos.
As vendas externas brasileiras são projetadas em 47 milhões de toneladas, contra a atualizada exportação 2021/22 de 44,5 milhões, enquanto as vendas argentinas poderão crescer de 39 para 41 milhões de toneladas. Já as exportações ucranianas são estimadas em apenas 9 milhões de toneladas, contra 23 milhões do ano safra anterior. Para os EUA, o USDA estima vendas externas do cereal em 60,96 milhões de toneladas, contra 63,5 milhões da temporada atual.