Expectativas: USDA deve vir morno nesta 6ª (9), apenas com ligeira mudança nos estoques americanos para baixo
O boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta sexta-feira, 9 de abril, não deve trazer grandes mudanças ao cenário da safra 2020/21, mas dar destaque apenas a estoques finais norte-americanos de soja e milho ainda mais ajustados, de acordo com as expectativas do mercado.
As primeiras estimativas da safra 2021/22 ainda não aparecem neste relatório e começarão a ser divulgadas a partir dos próximos meses.
ESTOQUES AMERICANOS
Os estoques finais da oleaginosa são esperados entre 2,86 e 3,67 milhões de toneladas, com média das expectativas em 3,24 milhões de toneladas. Em março, o número veio em 3,27 milhões e os da safra anterior foram de mais de 14 milhões.
Para os estoques de milho, o intervalo das expectativas do mercado varia de 29,87 a 38,15 milhões de toneladas, com média de 34,19 milhões. Há um mês, os estoques americanos foram estimados pelo USDA em 38,15 milhões de toneladas e os da safra anterior foram de 48,75 milhões de toneladas.
ESTOQUES GLOBAIS
Para os estoques mundiais de soja a expectativa de mudança é mais tímida, com a média esperada pelo mercado em 83,7 milhões de toneladas em um range de 82,7 a 85 milhões. Em março, o estimado foi de 83,7 milhões de toneladas.
O mercado espera ainda que os estoques finais mundiais de milho fiquem entre 282,4 e 286,7 milhões de toneladas, com média esperada em 284,9 milhões de toneladas. No boletim anterior, os estoques americanos foram estimados em 287,7 milhões de toneladas.
PRODUÇÃO MUNDIAL
O USDA também pode atualizar suas estimativas para as safras da América do Sul e algumas mudanças são esperadas para as produções argentina e brasileira de soja e milho.
Para o Brasil, a média esperada para a safra de soja é de 134,4 milhões de toneladas, contra 134 milhões de março, e para o milho são 108,3 milhões, ligeiramente menor do estimado em março de 109 milhões de toneladas.
O mercado espera ainda uma revisão na safra de soja da Argentina de 47,5 para 46,8 milhões de toneladas, e para o milho, de 47,5 para 46,8 milhões de toneladas.