USDA reduz produção e produtividade de soja e milho dos EUA
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo boletim mensal de oferta e demanda nesta quinta-feira (12) confirmando o que o mercado esperava: uma redução nas safras de soja e milho do país. Os números, no entanto, ficaram acima da média das expectativas do mercado, embora dentro do intervalo esperado.
SOJA EUA 2019/20
A produção de soja veio estimada em 98,87 milhões de toneladas, contra 100,15 milhões de toneladas do reporte de agosto. A produtividade caiu de 54,35 para 53,68 sacas por hectare. As médias esperadas pelo mercado, dentro de suas expectativas, eram de 97,87 milhões de toneladas e 52,9 sacas por hectare.
O USDA, neste boletim, não mexeu nas áreas plantada e colhida da oleaginosa.
Assim, os estoques finais da safra nova também foram corrigidos para baixo, passando de 20,55 para 17,42 milhões de toneladas. O mercado esperava algo entre 15,38 e 21,69 milhões, com média de 17,99 milhões.
O esmagamento de soja e as exportações dos EUA foram mantidos em 57,56 milhões e 48,31 milhões de toneladas.
SOJA MUNDO 2019/20
A produção mundial de soja na temporada 2019/20 também foi reduzida e passou a 341,39 milhões de toneladas, contra 341,83 milhões do reporte de agosto. Os estoques finais foram revisados de 101,74 para 99,19 milhões de toneladas.
A safra do Brasil ainda é estimada em 123 milhões de toneladas e as exportações, em 76,5 milhões. A produção da Argentina, de acordo com o departamento, deverá ser de 53 milhões e suas vendas externas de 8 milhões de toneladas.
Nos números da China uma pequena correção para cima na produção - de 17 para 17,1 milhões de toneladas - e para baixo nos estoques, de 21,37 para 19,02 milhões de toneladas. As importações foram mantidas em 85 milhões de toneladas.
SOJA 2018/19
A produção mundial 2018/19 de soja também foi revisada para baixo de 362,85 para 362,07 milhões de toneladas. E dessa forma, os estoques finais globais da safra velha passaram de 114,53 para 112,41 milhões de toneladas.
No cenário norte-americano, as exportações subiram de 46,27 para 47,49 milhões de toneladas. E o esmagamento, de 56,20 para 56,74 milhões de toneladas. Assim, os estoques finais foram corrigidos para menos e ficaram em 27,36 milhões de toneladas, contra as 29,13 milhões de toneladas de agosto.
Para o Brasil, aumento dos estoques finais de 27,15 para 28,20 milhões de toneladas, e a safra mantida em 117 milhões.
MILHO EUA 2019/20
No milho, a safra foi corrigida de 353,1 milhões para 350,51 milhões de toneladas de um mês para o outro. O rendimento do cereal caiu de 184,53 para 175,95 sacas por hectare. A média esperada pelos traders para a produção norte-americana era de
345,81 milhões de toneladas.
Os estoques finais, por outro lado, subiram de 55,4 para 55,63 milhões de toneladas, enquanto o uso do cereal para a produção de etanol caiu de 139,07 para 138,44 milhões de toneladas. De outro lado, as exportações foram mantidas em 52,07 milhões de toneladas.
MILHO MUNDO 2019/20
A produção global de milho foi revisada para menos e ficou estimada em 1.104,88 bilhão de toneladas, contra 1.108,24 bilhão do boletim anterior. Os estoques, da mesma forma, foram corrigidos de 307,72 para 306,27 milhões de toneladas.
As safras brasileira e argentina foram mantidas em, respectivamente, 101 e 50 milhões de toneladas. Leve destaque para os estoques brasileiros caindo de 6,31 para 5,49 milhões de toneladas.
SAFRA 2018/19
Na safra 2018/19, a produção global de milho também foi corrigida para menos, passando de 1.123,02 para 1.122,17 bilhão de toneladas. Os estoques finais passaram de 328,58 para 329,55 milhões de toneladas, no entanto.
Para os EUA, aumento também dos estoques finais da safra velha de 59,96 para 62,12 milhões de toneladas. As exportações, por sua vez, caíram de 53,34 para 52,33 milhões de toneladas.
Já para o Brasil, as exportações foram corrigidas para cima, passando de 37 para 38 milhões de toneladas.