Soja: USDA reduz estimativas para exportações dos EUA e aumenta para o Brasil
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou, nesta sexta-feira (9), seu novo boletim mensal de oferta e demanda e, atendendo à algumas expectativas do mercado, reduziu a estimativa para a safra 2015/16 de soja do país.
Soja EUA
A produção atual foi estimada em 105,81 milhões de toneladas, contra as 107,09 milhões do reporte de setembro. A expectativa média dos traders era de 105,74 milhões de toneladas.
A produtividade da soja, no entanto, foi revisada para cima e passou de 53,4 para 53,52 sacas por hectare, isso enquanto os traders apostavam em uma redução para cerca de 53,17 sacas.
Os estoques finais da oleaginosa também foram reduzidos e passaram de 12,25 para 11,57 milhões de toneladas. O número, no entanto, ficou ligeiramente acima da média entre as expectativas, que era de 10,83 milhões de toneladas.
O USDA trouxe alterações ainda nas áreas plantada - que passou de 34,12 milhões para 33,67 milhões de hectares - e colhida - a qual foi reduzida de 33,79 milhões para 33,35 milhões de hectares.
As exportações norte-americana também passaram por uma redução no número deste ano comercial 2015/16. As vendas externas foram projetadas em 45,59 milhões de toneladas, contra as 46,95 milhões estimadas no reporte de setembro.
Soja Mundo
No quadro mundial, a produção foi elevada de 319,61 milhões para 320,49 milhões de toneladas. Assim, os estoques finais também foram revisados para cima, ficando em 85,14 milhões de toneladas, enquanto no mês passado vieram em 84,98 milhões.
O USDA trouxe ainda um destaque para a safra brasileira, que passou de 97 milhões para 100 milhões de toneladas estimadas. Os estoques brasileiros foram revisados para 19,74 milhões e as exportações também, de 54,5 milhões para 56,45 milhões de toneladas.
Milho EUA
No milho, o USDA também trouxe algumas pequenas alterações. A nova safra foi revisada para baixo e caiu de 345,08 milhões para 344,32 milhões de toneladas, enquanto a produtividade passou de 177,27 para 177,8 sacas por hectare. As expectativas médias, neste caso, eram de 341,93 milhões de toneladas e 176,12 sacas, respectivamente.
Por outro lado, o departamento revisou ainda as áreas plantada e colhida, que ficaram em 35,77 milhões e 32,66 milhões de hectares, contra 35,98 milhões e 32,82 milhões, respectivamente reportados em setembro.
Os estoques também caíram e passaram de 40,44 milhões para 39,65 milhões de toneladas. Para este número, a média esperada pelo mercado era de 38,05 milhões de toneladas.
Milho Mundo
A produção mundial de milho foi reduzida pelo USDA e estimada em 972,6 milhões de toneladas, contra as 978,1 milhões do reporte de setembro. Ao mesmo tempo, os estoques finais globais também caíram, passando de 189,69 milhões para 187,83 milhões de toneladas, enquanto o mercado esperava, em média, 189,2 milhões de toneladas.
Assim como fez para a soja, O USDA revisou para cima a safra de milho do Brasil, agora projetada em 80 milhões de toneladas. Em setembro, esse número era de 79 milhões de toneladas. No entanto, o departamentou reduziu os estoques para 15,17 milhões de toneladas e aumentou as exportações para 25 milhões.
Em contrapartida, o departamentou reduziu sua projeção para a safra de milho da Argentina, que ficou em 24 milhões de toneladas, contra 25 milhões de setembro, além de diminuir suas exportações de 15,5 milhões para 14,5 milhões de toneladas. Os estoques do país, porém, foram mantidos em 1,02 milhão de toneladas.
Ainda nesta sexta-feira (9), foram divulgados os números estimados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e do IBGE para a nova safra brasileira de grãos. Confira:
>> Nova safra de grãos pode ultrapassar 213 milhões de toneladas, aponta Conab