Safra de Trigo: é época de aplicação de defensivos

Publicado em 23/05/2023 15:55

De acordo com pesquisa de campo do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (SINDIVEG), 46% do volume de produtos aplicados para proteção do trigo no país acontece justamente nos meses de abril, maio e junho. Ou seja, estamos no momento em que ele mais precisa de cuidados para poder chegar à mesa.

E, o combate a pragas é um dos maiores desafios da agricultura no Brasil, muito por ser um país tropical (quente e úmido) e um dos únicos a ter mais de uma safra anual. Além de interferir na qualidade dos alimentos, uma quebra de safra por ataque de pragas consequentemente leva ao aumento de preços do produto, este cuidado se torna ainda mais importante quando se trata de um tão essencial para o consumidor brasileiro.

De acordo com os dados preliminares, referentes à Balança Comercial para abril de 2023, o Brasil importou 312,8 mil toneladas de trigo em grãos. Em relação às exportações, foram embarcadas 281,8 mil toneladas. Com a retração do volume importado nos últimos meses foi reajustado o montante estimado de importações para a safra vigente, que passou de 5.500 mil toneladas para 5.200 mil toneladas.

Ou seja, apesar do reajuste, o trigo continua se destacando entre as safras mais importantes do Brasil, até porque, sem ele, o brasileiro não tem farinha para pães, massas e uma enorme variedade de alimentos (processados ou não) à base de trigo. E, por isso, a importância do cuidado redobrado desta safra.

Ainda segundo o SINDIVEG, as tecnologias de proteção de cultivos são fundamentais para que os produtores agrícolas mantenham o alto nível de produtividade, e assim garantindo à sociedade a crescente demanda por alimentos e fibras. O sindicato incentiva a aplicação correta e segura, pois isto significa aumento de produtividade no campo porque os defensivos agrícolas permitem que as plantas cresçam e deem frutos, ao protegê-las do ataque e da proliferação de insetos, doenças e plantas daninhas.

Veja quais são as principais pragas do trigo e os prejuízos que elas causam

Ferrugem do colmo - Doença causada por fungo que se caracteriza pela formação de manchas em formato de pontos com coloração amarelada. Conforme se desenvolve, essas manchas ficam maiores, em formato alongado e salientes. Afeta principalmente os caules e nas partes onde as folhas se prende ao caule. Pode causar o tombamento da planta e o encolhimento dos grãos, o que reduz a produtividade.

Lagarta do trigo – É a principal praga desfolhadora da cultura do trigo. Os seus danos também são observados em outras gramíneas, como arroz, aveia, azevém, centeio, cevada, milho e pastagens. Seu ataque é importante até o octogésimo dia da cultura, sendo os prejuízos sensíveis quando o nível de desfolha for superior a 30%.

Mancha marrom – Esta moléstia tem potencial para causar prejuízos significativos, sobretudo em primaveras quentes e úmidas. Na cultura do trigo, as perdas causadas por esta doença podem chegar a até 80%.

Azevém – O azevém é uma espécie de inverno e ocorre simultaneamente nas culturas de inverno, como trigo. É de fácil dispersão e, por isso, está presente e caracteriza-se como planta daninha em praticamente todas as lavouras de inverno e em pomares da região sul do Brasil. A interferência de plantas daninhas em plantas cultivadas pela competição de água, nutrientes e radiação solar pode trazer inúmeros malefícios no sistema de produção, com a cultura do trigo pode prejudicar a produtividade, diminuindo seu rendimento.

Ferrugem da folha – Esta doença manifesta-se desde o surgimento das primeiras folhas até a maturação da planta. Em função da redução da área fotossintética da planta, que fica recoberta pelas pústulas em cultivar suscetível, a produção de grãos é afetada, podendo levar a danos de mais de 50%.

Oídio – O oídio é uma doença de importância econômica em todos os países produtores de trigo, principalmente pela perda de vigor das plantas, o que se traduz em queda dos rendimentos em até 40%. A doença ocorre de forma natural principalmente na Região Sul do Brasil, nas outras regiões, ocorre em cultivos irrigados. O patógeno reduz a fotossíntese, aumenta a respiração e a transpiração das plantas, conduzindo a um enfraquecimento e enfezamento da planta.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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