Sistema Farsul e Fundação Pró-Sementes apresentam resultado do estudo de cultivares de trigo
Produtores rurais e demais visitantes da 20ª Expodireto puderam conhecer nesta quarta-feira, 13/03, o impacto da escolha da cultivar de trigo mais apropriada para diferentes regiões. Um estudo publicado pela Fundação Pró-Sementes, realizado com apoio do Sistema Farsul, revela que a variação entre a cultivar de melhor e pior rendimento em um único hectare pode resultar em uma diferença de R$ 1.476,00 no bolso do produtor. A publicação mostra que não há uma única cultivar que seja campeã de desempenho em todas as regiões analisadas, mas aponta aquelas que apresentaram resultados mais estáveis. Exemplares impressos foram distribuídos aos produtores na feira e a versão online pode ser consultada no site da Farsul e no site da Fundação Pró-Sementes.
O estudo contemplou seis locais divididos em duas zonas tritícolas: Cruz Alta, Vacaria e Passo Fundo (zona 1) e São Luiz Gonzaga, Santo Augusto e Cachoeira do Sul (zona 2). Foram analisadas 34 cultivares de ciclo precoce e médio ou tardio. Segundo a gerente de Pesquisas e Desenvolvimento da Fundação Pró-Sementes, Kassiana Kehl, as condições climáticas não foram favoráveis ao desenvolvimento do trigo na maioria das áreas analisadas na safra 2018, devido ao excesso de chuva e falta de luminosidade em momentos importantes do cultivo. A zona 2, que compreende São Luiz Gonzaga, Santo Augusto e Cachoeira do Sul apresentou os piores desempenhos, com São Luiz Gonzaga atingindo média de 48 sacos por hectare no ciclo médio e 49, no precoce.
“Temos muita variação entre as regiões, por isso é importante ter um olhar atento para qual cultivar tem um desempenho consistente em uma determinada zona. A cada ano, as empresas têm se empenhado para desenvolver cultivares com novas propriedades, resistentes a diferentes condições climáticas, por isso é importante analisar a evolução ano a ano”, ressalta Kassiana.
O local que apresentou melhor desempenho foi Vacaria, que registrou rendimento médio de 127 sacos por hectare no ciclo precoce e 136, no médio, com pico de 150 sacos por hectare no ciclo precoce obtidos com a cultivar ORS 1402.
De acordo com o presidente da Comissão do Trigo da Farsul, Hamilton Jardim, o estudo, realizado por uma fundação independente, é um instrumento fundamental para os produtores: “Aqueles que já consultaram o estudo em outros anos e tomaram decisões embasadas pelos resultados, considerando sua região e época de semeadura, já tiveram um grande ganho”.
A apresentação dos resultados foi feita durante o Forum do Trigo, na Expodireto e contou com a presença do secretário de Agricultura, Covatti Filho.