Cultivo do Trigo: Interação entre manejo de doenças e qualidade de grão

Publicado em 19/09/2018 09:52

Cultivo histórico e milenar, o Trigo é o grão mais consumido no mundo pelos seres humanos, daí a necessidade de cada vez mais a pesquisa pública e privada buscar melhorias na produção que atenda essa necessidade de qualidade, que atenda a exigência dos mercados, os quais estão mais seletivos ao que encontram disponível para consumo.

Partindo desse princípio e vendo holisticamente, a BASF, como indústria voltada a inovação, busca soluções que suprem demandas por qualidade de grão e qualidade dos produtos finais, como: pães, massas, biscoitos e outros derivados.

Nosso papel é conhecer o cultivo agronomicamente e se possível profundamente, ou seja, entender suas nuances, do ponto de vista da adaptabilidade ao ambiente que estamos, conhecer as cultivares disponíveis no mercado e para qual mercado de dispõe a grão dela produzido, enfim, tudo que está dentro da porteira.  Tudo isso bem claro, devemos olhar para a lavoura, desde o plantio à colheita, no sentido de tomar a decisão de intervir quando necessário e ou até se programar de forma que tudo aquilo que depende da ação do produtor já esteja pré-determinado, objetivando alta produtividade e qualidade desse grão, tão valioso para nós como consumidores. É disso que vamos tratar.

Se planejar para alto rendimento e qualidade de grão é simples, o difícil é que isso será praticado em céu aberto.

A interação entre ambiente, manejo das doenças e qualidade de grão é perfeita, tanto para cima quando para baixo, deixa eu ser claro. Em trigo tudo é possível, ex: se o produtor faz tudo certo nos momentos certos o potencial está estabelecido, mas chove muito na colheita, a qualidade vai por agua abaixo, literalmente. Então o que cabe ao produtor deve ser muito bem feito. Voltando ao tema, a ocorrência de doenças em trigo, dependem de alguns fatores, como, clima, cultivar e tecnologia aplicada.

As principais doenças de parte aérea, são: Oídio, Ferrugem, Manchas, Giberela e Brusone. Hoje com muita convicção podemos dizer que a BASF possui a melhor oferta do mercado para atender as demandas no cultivo, no que se refere a manejo dessas doenças.

Quanto ao manejo propriamente dito, vamos olhar pelo pior cenário, uma cultivar suscetível às principais doenças. Como podemos ver no quadro abaixo (Figura1), as principais doenças estão distribuídas durante as fazes do cultivo, ganhando ou perdendo importância durante o ciclo. Assim podemos nos programar e antever, atuando de forma preventiva no manejo, só assim se obtém altos rendimentos e qualidade de grão.

Figura 1: Momentos importantes para intervenção e controle das principais doenças        

Importante dizer que, qualidade de grão não está ligado apenas a um bom controle de Giberela, mas a todo o complexo de doenças, lembrando que Giberela tem grande responsabilidade sobre a qualidade, pois se mal controlada pode aumentar significativamente a presenta de micotoxinas no grão e consequentemente no produto final.

Podemos observar nos quadros abaixo que, quanto menor a incidência de giberela (Figura 2) menor a presença de Micotoxina DON (Figura 3).

            Figura 2: Incidência de Giberela no estágio Grão Massa Mole

Figura 3: Análise de DON realizada após a colheita (Média das Repetições)

Podemos observar também que quando comparamos uma ou duas aplicações com objetivo de controlar Giberela, fica claro que, duas sempre melhor que uma, independente da ferramenta utilizada.

De forma geral a melhor ferramenta para controle de giberela é triazól e dentre eles a molécula Metconazole se destaca, através dos produtos, Caramba ou Opera Ultra, onde este último, além de controlar muito bem Giberela, controla Ferrugem, caso o ambiente esteja favorável a ocorrências das duas doenças simultaneamente na floração.

O quadro abaixo (Figura 4) deixamos explícitos as melhores ferramentas e momentos mais adequados ao controle do complexo de doenças, que por consequência, preservam o potencial produtivo estabelecido, além claro, qualidade de grão.

Durante o ciclo do cultivo as doenças, se não atacadas durante as fazes ou momentos marcados em vermelho, podem fugir do controle e através de análise do macro clima, com acompanhamento frequente, podemos sim, obter muito sucesso em busca de alto rendimento e qualidade de grão.

Figura 4:  Figura acima mostra opções para cultivares sensíveis as principais doenças e opções de manejo ofertados pela BASF

Para finalizar, lembramos que a colheita é onde se dá a concretização da qualidade. Nesse momento, pensando em qualidade de grão, podemos laçar mão de uma tecnologia pouco difundida no cultivo, se trata de dessecação pré colheita. Quando dessecar? Quanto a emergência se deu de forma não homogenia e ou quando, a previsibilidade climática indica excesso de chuvas no momento normal da colheita, dessa forma antecipando e preservando o potencial de qualidade. Produto para esse fim só pode ser Glufosinato de Amônia (Finale). 

Fonte: Basf

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