Indústria de trigo faz propostas a candidatos para elevar safra e investimentos
SÃO PAULO (Reuters) - A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) lançou nesta terça-feira uma proposta de política setorial para a commodity, a ser apresentada aos candidatos à Presidência da República, com eixos de ação que vão desde revisão de incentivos fiscais até ampliação da área plantada, passando por investimentos em logística.
A proposta para uma Política Nacional do Trigo visa impulsionar a oferta do cereal no Brasil, um importador líquido do grão.
"Toda a cadeia vai se beneficiar de uma política nacional, o que não há no Brasil", disse o presidente da Abitrigo, embaixador Rubens Barbosa, a jornalistas.
Em 2018, a previsão é de produção de 5,14 milhões de toneladas, com compras no exterior de 6,3 milhões de toneladas, a maior parte vindo da Argentina, segundo os dados mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Conforme a Abitrigo, são seis os eixos que norteiam a proposta: ambiente legal, produção, incentivos fiscais, ambiente de negócios, comércio internacional e logística e infraestrutura.
"As propostas seguem uma linha moderna, sintonizada com as mudanças que os mercados nacional e internacional vêm sofrendo. Têm foco na inovação, no crescimento da competitividade das empresas brasileiras e na qualidade dos produtos entregues a um consumidor cada vez mais exigente", destacou a associação.
A Abitrigo defende, em sua proposta, desburocratização e revisão de normas e procedimentos dos órgãos reguladores, apoio à pesquisa, isonomia tributária em toda a cadeia produtiva, modernização de portos e da cabotagem, investimentos em armazenagem, dentre outros pontos.
A Abitrigo é integrada por 44 moinhos, representando mais de 85 por cento da indústria moageira do Brasil.
(Por José Roberto Gomes)