PR: Clima dificulta retirada da cana

Publicado em 07/01/2010 06:51
Em média, cada 2 mil hectares de cana-de-açúcar que deixam de ser colhidos representam menos 25 milhões de litros de etanol no mercado. Na 3ª feira, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, estimou em 60 milhões de toneladas de cana o montante que deixou de ser moído no Brasil por conta do excesso de chuva.

Para Stephanes, problemas na colheita explicam o desabastecimento de álcool em alguns Estados, situação que ele espera ver regularizada em até 120 dias.

Para o economista Germano Sordi, vice-presidente da usina e destilaria Coopcana, o preço do álcool é muito sensível às variações climáticas. “As pessoas
precisam se lembrar que o álcool é um produto agrícola como qualquer outro”, comenta Sordi.

Ele lembra que no pico da safra, entre maio e julho, as indústrias precisam vender rapidamente o grande volume de produto disponível, trazendo redução no preço.

“Em compensação, em momentos como o atual, é a distribuidora que procura desesperadamente as indústrias, em busca de combustível disponível”, compara. A atual safra, que começou em abril de 2009, termina em 30 de março de 2010. Segundo Sordi, o valor médio do litro na safra deverá ser de R$ 0,90.

Para 2010 e 2011, a usina fechou contratos futuros para a entrega de açúcar a US$ 350 por tonelada. Por esse valor, considerando que as usinas que também possuem destilaria podem converter parte da matéria-prima em combustível, o valor do litro do álcool ficaria entre R$ 0,90 e R$ 1,00.
Fonte: O Diário do Norte do Paraná

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