Biocombustíveis: Depois do B14 a partir deste mês de março, governo quer estimular ainda mais energia verde

Publicado em 05/03/2024 13:24 e atualizado em 05/03/2024 14:21
Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) concedeu entrevista exclusiva nesta terça-feira (05) sobre diversos temas que impactam o agro no país

A mistura de biodiesel no diesel no Brasil passou neste início de março a ser de 14%, ante 12% anteriormente, e a expectativa é de avanço do calendário ao logo dos próximos anos, atendendo a uma demanda dos produtores de biocombustíveis. Em 2025, por exemplo, a mistura deverá atingir 15%.

No caso da gasolina comum, o combustível bruto sai das refinarias atualmente acrescido de no máximo 27,5% de etanol anidro.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta terça-feira (05), o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Neri Geller, destacou que a intenção do governo é seguir no avançando nos estímulos e incentivos aos biocombustíveis no país ante os fósseis.

"Vamos continuar avançando muito forte, no etanol de milho e de cana-de-açúcar. Tem um espaço gigante para nós continuarmos avançando e por parte do governo federal todas as condições para isso acontecer estão sendo colocadas. A questão tributária, inclusive", disse Geller.

» Veja a entrevista completa com Neri Geller aqui

Um projeto de lei batizado de "Combustível do Futuro", que eleva a adição de biocombustível na gasolina, além de outros incentivos à energia limpa, já está na mão do Congresso Nacional. "O debate na energia limpa o Brasil está liderando, está exercendo protagonismo, como deve ser", complementa.

O secretário do Mapa também falou sobre o combustível sustentável de aviação (SAF), que está atraindo investimentos nos Estados Unidos e Brasil.

"O Brasil sai na frente porque como o nosso etanol é produzido em áreas de agricultura tropical, tem mais qualidade e fica melhor para concorrer no mercado internacional... Esse governo está dando todas as condições para que a gente faça uma política de médio e longo prazos", destaca Geller.

Por: Jhonatas Simião | Instagram @jhonatassimiao
Fonte: Notícias Agrícolas

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