Açúcar finaliza 6ª feira com alta de mais de 1% na Bolsa de Nova York com foco na Índia
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (02) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres, que contribuíram para um balanço semanal positivo. Os operadores estão atentos para os dados que vêm da Índia.
Além disso, também começam a surgir preocupações com a próxima safra do Brasil.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,40% no dia, a 23,89 cents/lb, com máxima em 24,02 cents/lb e mínima de 23,31 cents/lb. No terminal de Londres, o primeiro contrato subiu 0,75%, a US$ 646,90 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento do adoçante teve alta acumulada de mais de 1,50%.
A Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA, na sigla em inglês) informou nesta semana que a produção de açúcar do país, segundo maior produtor do mundo, tem queda de mais de 3% no acumulado da safra, com 18,7 milhões de toneladas.
Além disso, os operadores também acompanham as expectativas com a safra 2024/25 do Centro-Sul do Brasil, já que as expectativas iniciais são de menor produção do que na temporada atual. A moagem do ciclo atual, porém, segue a todo vapor na principal região do país.
"Embora os volumes robustos de exportação do Brasil tenham contido novos aumentos de preços, prevemos que as exportações brasileiras de açúcar começarão a enfrentar restrições de março a setembro", complementa o BMI em nota para a imprensa.
No financeiro, por outro lado, o petróleo tinha quedas de cerca de 2% nesta tarde e o dólar trabalhava com alta sobre o real.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar voltaram a cair no spot paulista nesta reta final de semana. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 145,13 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,64%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 149,77 com queda de 2,26%, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 24,78 c/lb e desvalorização de 2,34%.