Tereos conquista habilitação para atuar como comercializadora varejista no mercado livre de energia
Para atender a uma demanda crescente no país, a Tereos, uma das empresas líderes em produção de açúcar, etanol e energia elétrica a partir da biomassa de cana, habilitou-se junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para atuar na modalidade varejista no mercado livre de energia brasileiro.
Atualmente a companhia é autossuficiente para gerar energia para suas unidades industriais e ainda tem o potencial para produzir cerca de 1.500 GWh por ano de energia excedente para o sistema elétrico.
A empresa usa sua principal matéria-prima, a cana-de-açúcar, para produção de biogás e energia e, com a habilitação concedida pela CCEE, entra em um novo mercado, oferecendo mais uma oportunidade para seus clientes no segmento energético, atuando na comercialização varejista.
Na prática, isso significa que a empresa poderá, a partir de 2024, fornecer energia diretamente para pequenos e médios negócios que estão conectados à alta tensão, como lojas, hotéis ou pequenas indústrias, por exemplo – os consumidores residenciais não poderão ser atendidos dessa forma ainda, pois estão conectados à baixa tensão.
Com a entrada neste segmento, a Tereos projeta destinar no curto/médio prazo pelo menos 10% do seu volume de produção anual para atender à nova demanda. Já do lado do cliente, as vantagens vão desde a redução de custo com energia até a promoção da sustentabilidade, com a aquisição de uma energia limpa e sustentável.
“De acordo com dados da CCEE, temos aproximadamente 170 mil consumidores conectados à alta tensão que podem usufruir da contratação da nossa energia nesta modalidade. Ao mesmo tempo, essas empresas ainda se beneficiarão de uma maior previsibilidade de custos, além de contribuir para a descarbonização do seu negócio”, comenta Gustavo Segantini, diretor comercial da Tereos.
Segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), o mercado livre de energia registrou um aumento de 17% em 12 meses. O segmento responde atualmente por cerca de 40% do consumo total de eletricidade e já absorveu 97% da energia de biomassa produzida no país.