Açúcar recua em NY nesta 2ª depois de renovar máximas de 6 anos e meio

Publicado em 10/04/2023 16:07
Safra indiana permanece no radar dos operadores de mercado, apesar de otimismo com temporada do Centro-Sul

Os principais contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (10) levemente mais baixos, apesar de oscilarem em alta durante a maior parte do dia. O mercado se ajusta ante as máximas de seis anos e meio, mas segue atento às origens.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,21%, cotado a 23,56 cents/lb, com máxima em 23,82 cents/lb e mínima de 23,44 cents/lb. A Bolsa de Londres não operou nesta segunda em decorrência do Easter Monday.

O mercado do açúcar dava continuidade aos ganhos dos últimos dias na maior parte desta segunda, inclusive renovando as máximas de seis anos e meio. O suporte acompanhava as preocupações com a safra 2022/23 da Índia, segundo maior exportador do mundo.

Além de impactos do clima, a safra de cana da Índia está sendo mais direcionada para a produção de etanol. A Reuters destacou nesta segunda que os preços do açúcar na Índia subiram mais de 6% em duas semanas e devem subir ainda mais.

"A produção deve cair e a demanda dos consumidores a granel se fortalecer durante o pico da temporada de verão", disseram autoridades à agência. Por outro lado, os ganhos no adoçante são minimizados nesta tarde com as perdas do petróleo.

A Índia autorizou que as usinas de açúcar exportem na temporada 2022/23 apenas 6,1 milhões de toneladas do adoçante, bem abaixo do recorde de 11 milhões de toneladas na temporada anterior. Também há preocupações relacionadas com a Tailândia.

Leia mais:

+ Preços do açúcar na Índia sobem com produção em queda em meio à demanda recorde

Já da safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil, as expectativas são positivas. O grupo francês Tereos, que opera no país, estima uma alta de cerca de 10% em sua moagem de cana-de-açúcar no novo ciclo. Além disso, as fixações estão aceleradas com bons preços.

No financeiro, o dia foi marcado por queda de mais de 1% do petróleo, além de valorização do dólar sobre o real, o que também tende a ser um fator de pressão.

MERCADO INTERNO

Mesmo com o início da nova safra brasileira, os preços do açúcar têm picos de alta. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 139,23 saca de 50 kg e alta de 2,56%.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 146,70 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 25,35 c/lb e valorização de 2,79%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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