Açúcar: Macroeconômico pesa mais do que fundamentos e faz NY e Londres cair nesta 3ª
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (14) com queda leve a moderada nas bolsas de Nova York e Londres. O cenário macroeconômico sombrio tem pesado mais do que qualquer questão no mercado do adoçante.
Porém, permanece alguma atenção para a safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,58%, a 20,68 cents/lb, com máxima em 21,02 cents/lb e mínima de 20,65 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 0,22% no dia, a US$ 581,30 a tonelada.
O mercado do açúcar chegou a trabalhar sem direcionamento claro na sessão desta terça-feira. Porém, a baixa prevaleceu durante a tarde deste terça-feira com o cenário macroeconômico pesando mais do que qualquer questão.
O petróleo perdia cerca de 3% nas bolsas externas nesta tarde em meio investidores avessos ao risco com preocupações com a economia global. As oscilações do óleo impactam nos preços dos combustíveis e também na decisão das usinas.
Apesar da queda acompanhando o financeiro, o açúcar ainda se sai melhor desse cenário do que outros mercados.
"Os negociantes disseram que o açúcar mostra boa resiliência diante do quadro macroeconômico sombrio. Isso sugere que fundamentos otimistas, como a diminuição das perspectivas de produção, permanecem no radar", afirma a Reuters.
Os operadores de mercado estão bastante atentos às informações sobre o andamento da safra nas origens asiáticas. Já no Brasil, as expectativas são positivas sobre a safra 2023/24 do Centro-Sul do país, que tem sido beneficiada nos últimos meses com chuvas.
MERCADO INTERNO
Apesar de negociações lentas nas últimas semanas no mercado brasileiro, os preços do açúcar têm seguido firmes. Pesquisadores do Cepea indicam que a oferta de açúcar de melhor qualidade (Icumsa até 180) segue restrita, ao passo que a demanda pelo produto para pronta-entrega está fraca.
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No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 133,64 a saca de 50 kg e alta de 0,22%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 140,33 a saca -estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,78 c/lb e desvalorização de 1,69%.