Açúcar: Petróleo sobe pela 3ª sessão seguida e dá suporte NY e Londres nesta 4ª feira
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (08) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O suporte acompanhou o petróleo, câmbio, além das contínuas preocupações com a safra da Índia e estoques globais.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu no dia 1,73%, cotado a 21,20 cents/lb, com máxima em 21,29 cents/lb e mínima de 20,65 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de 1,76%, a US$ 565,40 a tonelada.
O suporte no dia acompanhou o petróleo, que avança pela terceira sessão consecutiva no exterior acompanhando diversos fatores altistas. As oscilações do óleo impactam diretamente na decisão das usinas por produção açúcar ou etanol.
O biocombustível no Brasil compete com a gasolina, que é um derivado fóssil.
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Ainda no financeiro, o câmbio contribuiu para a valorização do adoçante.
Os fundamentos também repercutem dos dois lados da tabela sobre os preços do açúcar. A safra da Índia, segunda maior exportadora da commodity no mundo, tem sofrido com intempéries climáticas e a oferta do adoçante a nível global deve ser impactada.
"Eles continuam monitorando as perspectivas na Índia, onde a produção abaixo do esperado reduziu a perspectiva de mais exportações nesta temporada", destaca a Reuters. No Brasil, porém, a safra 2023/24 do Centro-Sul, deve a ser bastante positiva, já que chuvas devem seguir beneficiando a cana-de-açúcar.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado spot têm subido nos últimos dias, apesar de quedas mesmo com a entressafra. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, negociado a R$ 129,93 a saca de 50 kg e alta de 0,15%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 144 a saca – estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 22,05 c/lb e alta de 0,86%.