Açúcar fecha 6ª feira com leve alta, mas se mantém acima de 20 cents/lb
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (16) com alta leve nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado tem suporte das informações sobre o Brasil e Índia, câmbio e também ajustes técnicos ante o fechamento da véspera.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 0,55% no dia, cotado a 20,09 cents/lb, com máxima de 20,29 cents/lb e mínima de 19,80 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de 0,33%, a US$ 546,80 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento no terminal norte-americano acumulou alta de mais de 3,50%.
Depois de testar na véspera os níveis mais altos desde fevereiro de 2017, o mercado fechou em queda. Hoje, porém, a valorização voltou a dar as caras no terminal externo em meio ajuste de posições, mas principalmente com as informações sobre as origens.
"As usinas na Índia estão produzindo quase nenhum açúcar bruto no momento porque os brancos são atualmente mais lucrativos, deixando o mercado escasso em um momento em que o maior exportador Brasil está na entressafra", destacou a Reuters.
Além disso, há a informação de que a Índia tem considerado permitir exportações adicionais do adoçante na safra.
A safra do Brasil também está no radar. No Centro-Sul do país, poucas usinas ainda devem moer açúcar nas próximas semanas no Brasil, ainda que os números da última quinzena de novembro tenham surpreendido os operadores de mercado pelo avanço ante 2021.
De acordo com dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), no acumulado da safra, 175 unidades já tinham finalizado os trabalhos de moagem até o final de novembro. Apenas cerca de 20 unidades ainda vão realizar trabalhos em dezembro.
A demanda também é um fator de suporte. A Archer Consulting trouxe relatório nesta reta final de semana que aponta que as usinas brasileiras fixaram em novembro preços de quase 3 milhões de toneladas de açúcar para exportação, o maior volume mensal da temporada 2022/23.
No financeiro, o adoçante encontrava suporte do dólar, apesar de desvalorização de mais de 2% do petróleo.
"Os comerciantes disseram que os preços mais fracos da energia contribuíram para um tom menos otimista no mercado, juntamente com a possibilidade de que a Índia possa permitir exportações adicionais de açúcar em janeiro", disse a agência Reuters.
MERCADO INTERNO
O açúcar finaliza a semana ainda com preços altos, ficando próximo dos patamares do início do ano, período de entressafra.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 0,01%, negociado a R$ 139,35 saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 135,09 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,39 c/lb e queda de 1,49%.