Demanda e financeiro fazem açúcar em NY se aproximar dos 20 cents/lb nesta 2ª feira
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (05) com alta nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado do adoçante teve suporte em parte do dia das oscilações do financeiro, além das informações sobre a demanda e oferta limitada.
Com isso, os preços já voltaram a se aproximar de 20 cents/lb.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 0,36% no dia, cotado a 19,55 cents/lb, com máxima de 19,94 cents/lb e mínima de 19,52 cents/lb. Já no terminal de Londres, o primeiro contrato teve alta de 1,16%, a US$ 539,10 a tonelada.
Apesar de passar a cair no fim desta tarde, o mercado do petróleo deu suporte durante a maior parte da segunda-feira para o adoçante, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) manter suas metas de produção estáveis.
A última reunião do bloco foi no final de semana, antes de uma proibição da União Europeia e um teto de preço do G7 que afetou o petróleo russo. As oscilações do óleo impactam diretamente em todos os produtos ligados ao setor de energia.
O Centro-Sul do Brasil produz açúcar ou etanol, um biocombustível derivado da cana-de-açúcar.
Além disso, há atenção para a demanda aquecida pelo adoçante e oferta cada vez menor. De acordo com a Reuters, a Índia, segundo maior exportador mundial de açúcar, pode ter apenas 1 milhão de toneladas de açúcar a ser exportado dentro da sua cota.
"Além disso, a produção de açúcar da Índia deve cair 7% este ano, já que as condições climáticas erráticas reduziram a produção de cana", destacou a agência de notícias com base no relato de agricultores, usinas e traders.
Também há relatos de impacto na colheita da Tailândia, outro importante exportador, por conta das chuvas.
No Brasil, as exportações de açúcar totalizaram 4,07 milhões de toneladas no último mês de novembro, 53% a mais do que no mesmo mês do ano passado, e o maior volume embarcado em todo o ano. O faturamento foi de mais de R$ 1 bilhão.
As informações foram divulgadas na última semana pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
MERCADO INTERNO
A safra 2022/23 na finalização no Centro-Sul do Brasil tem propiciado valorização aos preços no spot. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 1,29%, negociado a R$ 138,42 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 135,48 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,87 c/lb e queda de 0,69%.