Ainda atento ao petróleo, açúcar recua nas bolsas de NY e Londres nesta tarde de 2ª
As cotações futuras do açúcar operavam com queda moderada nas bolsas de Nova York e Londres nesta tarde de segunda-feira (28). O mercado sente forte pressão do petróleo, que despenca mais de 3% em meio protesto na China com possível impacto na demanda, além das informações das origens.
Por volta das 12h24 (horário de Brasília), o açúcar do tipo bruto tinha desvalorização de 0,93% no principal contrato na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), a 19,15 cents/lb. Já no terminal de Londres, o tipo branco perdia 0,60%, negociado a US$ 526,50 a tonelada.
O movimento de queda do petróleo segue nesta tarde de segunda nas bolsas externas. O óleo chegou a recuar mais de 3% nas bolsas externas pela manhã em meio aos temores com a demanda à medida em que protestos de rua tomam a China por conta restrições rígidas da Covid-19.
"Além das crescentes preocupações com a demanda mais fraca de combustível na China devido a um aumento nos casos de Covid-19, a incerteza política causada por raros protestos contra as restrições rigorosas do governo em Xangai, levou à venda", disse à Reuters Hiroyuki Kikukawa, gerente geral de pesquisa na Nissan Securities.
A China é a maior importadora de petróleo do mundo. As oscilações do óleo impactam diretamente em todos os produtos ligados ao setor de energia. Como as usinas do Centro-Sul do país têm a opção de produção do açúcar ou o etanol, um biocombustível, os preços do adoçante sentem.
Nos fundamentos, também há pressão no adoçante com perspectivas positivas sobre a safra nova do Brasil e da Índia.
Porém, como fator de suporte, a trading inglesa Czarnikow, por exemplo, cortou nos últimos dias a sua previsão de superávit global de açúcar para a atual temporada 2022/23 para 2 milhões de toneladas, ante 3,6 milhões de toneladas previstas anteriormente.