Açúcar salta quase 3% nesta 3ª feira na Bolsa de Nova York com suporte financeiro
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (1º) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O dia foi de suporte importante do financeiro, além de seguirem os ajustes ante as baixas recentes.
O mercado também acompanhava informações sobre o clima no Centro-Sul do Brasil.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve alta de 2,56%, cotado a 18,43 cents/lb, com máxima de 18,50 cents/lb e mínima de 18,05 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato subiu 1,04% no dia, a US$ 532,70 a tonelada.
Os preços do açúcar acompanharam durante todo o dia o financeiro. Além do câmbio, que já impactava os preços na véspera, o petróleo avançava forte nesta terça-feira e deu suporte para as cotações externas do açúcar nas bolsas de Nova York e Londres.
O petróleo avançava nesta tarde com a queda do dólar norte-americano. "Um dólar mais fraco torna o petróleo denominado em dólar mais barato para os compradores que detêm outras moedas, aumentando a demanda pela commodity", disse a Reuters.
"O mercado também estava acompanhando de perto as tensões no Brasil depois que o ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva venceu por pouco a eleição presidencial de domingo", complementou a agência.
O site internacional Barchart destacou que as chuvas recentes no Brasil podem prejudicar o processamento de açúcar e atrasar as operações de exportação nos portos, segundo a visão de alguns operadores de mercado.
"Como resultado da chuva excessiva, a trader de commodities Czarnikow reduziu na segunda-feira sua previsão para a produção brasileira de açúcar em 2022/23 em 100 mi, toneladas em relação à previsão do início de outubro", disse o Barchart.
Além disso, a Índia, segundo maior produtor de açúcar do mundo, deve estender as restrições às exportações de açúcar por um ano até outubro de 2023, disse um comunicado do governo, mas ainda deve fixar uma cota esta semana para vendas no exterior.
Como limitante da alta, há o acompanhamento das informações sobre o clima positivo no Brasil e Índia para as novas safras.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar voltaram a se aproximar dos R$ 130 a saca em meio demanda aquecida e menor oferta do produto. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve queda de 0,38%, a R$ 128,26 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 145,00 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,45 c/lb e valorização de 2,13%.