Açúcar volta a recuar nesta 4ª em NY e Londres ainda repercutindo Índia, além do câmbio

Publicado em 19/10/2022 15:29
No Brasil, preços voltaram a subir nos últimos dias e sustentam acima de R$ 127 a saca

Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (19) com perdas nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado acompanhou mais um dia de repercussão de dados positivos sobre a safra 2022/23 da Índia, além do câmbio.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve queda de 0,11%, cotado a 18,65 cents/lb, com máxima de 18,73 cents/lb e mínima de 18,45 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato baixou 1,55% no dia, a US$ 538,80 a tonelada.

O açúcar voltou a cair nesta quarta depois que a Associação Indiana de Usinas de Açúcar anunciou no início da semana que prevê que a produção de açúcar da Índia em 2022/23 subirá 2%, para 36,5 milhões de toneladas no ciclo que começa neste mês.

A área com cana no país deve ter alta de 5%.

"As notícias de oferta da Índia, segundo maior exportador de açúcar do mundo, estavam pesando sobre os preços, com o mercado inclinado a cair, a menos que os sinais macroeconômicos melhorem", destacou a agência de notícias Reuters no dia.

Ainda de acordo com a entidade, o país terá um excesso de oferta suficiente para exportar 9 milhões de toneladas. Apesar disso, a Reuters acrescentou que um funcionário do governo disse que o país pode anuciar novas cotas de exportação.

Além disso, o mercado tinha pressão do dólar, que subia sobre o real, o que tende a encorajar as exportações das commodities, mas pesa sobre os preços externos do adoçante. Por outro lado, o petróleo subia forte nas bolsas externas no dia.

As chuvas dos últimos dias seguem impactando a colheita de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil, apesar de algum benefício aos canaviais da safra 2023/24, que começará a ser moída apenas em abril do ano que vem no país.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar voltaram a subir no mercado brasileiro e se consolidam em cerca de R$ 127 a saca de 50 kg. Segundo pesquisadores do Cepea, a demanda tem se mostrado mais aquecida para os tipos do cristal Icumsa até 180, ao mesmo tempo em que usinas seguem firmes quanto aos preços.

"A menor produção de adoçante na região Centro-Sul brasileira na atual temporada (2022/23) também influencia os valores", disse o centro em nota.

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve queda de 0,09%, negociado a R$ 127,11 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 140,50 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,18 c/lb e desvalorização de 1,27%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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