Açúcar recua mais de 1% NY nesta 5ª com peso do petróleo e ainda atento para Índia

Publicado em 04/08/2022 14:36
Em meio aos temores com a demanda global, mercado do óleo caía mais de 2% nas bolsas externas nesta tarde

Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quinta-feira (04) com queda expressiva na Bolsa de Nova York, mas tiveram leve alta em Londres. O mercado teve influência do financeiro, além de seguir dados sobre o Brasil e a Índia.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve queda de 1,24%, cotado a 17,55 cents/lb, com máxima de 17,86 cents/lb e mínima de 17,53 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 0,06% no dia, a US$ 528,00 a tonelada.

Depois de alta na sessão anterior, o mercado do açúcar caiu forte no terminal norte-americano no dia com realização de lucros, além de seguir o financeiro. O petróleo tinha queda de mais 2% nesta tarde em meio aos temores com a demanda pelo óleo.

Segundo a agência de notícias Reuters, as perspectivas de consumo permanecem obscurecidas por preocupações crescentes com uma queda econômica nos Estados Unidos e na Europa e outros fatores no mundo, como a Covid-19 que ainda amedronta a China.

O petróleo impacta diretamente nos combustíveis e também no adoçante, porque as usinas do Brasil escolhem entre a produção de açúcar ou etanol.

Ainda no financeiro, por outro lado, o mercado do açúcar sente pressão do câmbio, com perdas de mais de 1% do dólar sobre o real. A moeda estrangeira desvalorizada tende a desencorajar as exportações das commodities, mas dá suporte.

Nos fundamentos, ainda repercute no mercado a informação de que a Índia aprovou um aumento no preço mínimo que as usinas de açúcar devem pagar pela cana na temporada que começa em 1º de outubro, para 305 rúpias (3,85 dólares) por 100 kg, de 290 rúpias.

A consultoria StoneX vê a informação impactando de duas formas os preços. Apesar de uma análise inicial apontar para uma possível queda nos preços do adoçante a nível global, já que aumentaria a oferta do produto, os custos podem aumentar.

No Brasil, segue atenção para o avanço da colheita do Centro-Sul da safra 2022/23, contribuindo para as perdas do adoçante. Por outro lado, a demanda externa está aquecida pelo adoçante, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

MERCADO INTERNO                                                          

Apesar de a safra brasileira estar em andamento, a oferta ainda é limitada ao açúcar cristal tipo Icumsa 150 (alta qualidade), principalmente, de acordo com informações do Cepea.

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,38%, negociado a R$ 128,84 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,30 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 18,93 c/lb e alta de 0,44%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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