Preços dos CBios superam R$ 90 e encerram 1ª quinzena de fevereiro com média de R$ 89,80
Os preços dos créditos de descarbonização (CBios) negociados entre produtores e distribuidores no setor sucroenergético superaram os R$ 90 nos últimos dias na Bolsa Brasileira (B3), mantendo uma trajetória de alta desde o início do mês.
Na primeira quinzena de fevereiro, os preços médios das negociações ficaram em R$ 89,80/CBio. Em 2022, o preço médio já está em R$ 72,10, sobre média de R$ 39,31/CBio em todo o ano passado. Ou seja, os valores mais que dobraram.
O volume negociado de CBios durante a primeira quinzena de fevereiro de 2022 foi de 3,29 milhões de títulos, sobre 3,65 milhões de títulos em todo o mês de janeiro, segundo o Itaú BBA.
A emissão de CBios durante a primeira metade de fevereiro ficou em 0,78 milhão de títulos, sobre 2,58 milhões de títulos no mesmo período de 2021. Em janeiro de 2022, a emissão ficou em 2,20 milhões de títulos na B3.
O valor abrange todos os créditos de descarbonização emitidos, incluindo os que já foram aposentados.
Em todo o ano de 2021, o total de CBios emitidos é de 30,93 milhões, bem acima da meta de 24,9 milhões. O volume acumulado no ano de 2022 está em 2,93 milhões, sobre meta de 36 milhões de CBios no ano.
O número de CBios disponíveis no mercado é de 13,1 milhões de títulos, sendo que 63% do total estão nas distribuidoras, 35% nas produtoras e 2% em partes não obrigadas, segundo levantamento reportado pelo Itaú BBA. O total de títulos aposentados no ano de 2022 está em 0,2 milhão, além de um estoque inicial na B3 de 10,4 milhões.
Os CBios negociados na bolsa brasileira equivalem a 1 tonelada de carbono que deixa de ser emitida na atmosfera.