Açúcar cai nesta 6ª em NY e fecha semana com perda acumulada de quase 3%
Os futuros do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira com queda de mais de 1% em Nova York e quase 0,80% em Londres. O peso sobre os preços veio de um movimento de realização de lucros, além de atenção para os sinais da demanda e financeiro.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 1,41%, cotado a US$ 19,62 c/lb, com máxima de 19,91 c/lb e mínima de 19,55 c/lb. Em Londres, o tipo branco fechou com queda de 0,78%, negociado a US$ 506,70 a tonelada.
Na semana, o primeiro vencimento caiu quase 3% em NY.
Após operar em máximas de quatro anos e meio nas últimas semanas, o mercado do açúcar sentiu o peso de um movimento de realização de lucros sobre os preços externos da commodity. Além disso, há atenção para as baixas do petróleo.
Nesta tarde, os futuros do petróleo caíam moderadamente. O óleo mais baixo no cenário internacional tende a impactar também o etanol, fazendo com que as usinas elevem a produção de açúcar no mercado em detrimento ao biocombustível.
"Os preços [do petróleo] caíram com o relatório de empregos, que foi claramente impactado pela variante Delta", disse à Reuters John Kilduff, sócio da Again Capital em Nova York.
"Esta é uma constatação de realidade de que o coronavírus ainda está impactando a demanda", acrescentou.
Nos fundamentos, segundo destaque da agência de notícias Reuters, o mercado do adoçante também está atento para as movimentações da demanda. Apesar dos temores relacionados com a oferta disponível do Brasil na safra 2021/22.
"O contrato spot dos futuros do bruto e branco está sendo negociado com um grande desconto sobre aqueles que estão mais longe", destacou a agência de notícias.
As máximas de mais de quatro anos e meio em Nova York foram motivadas, principalmente, pelo acompanhamento da safra do Brasil. Os preços do açúcar subiram mais de 50% nos últimos 12 meses, de acordo com levantamento Commerzbank.
MERCADO INTERNO
O índice do açúcar no mercado físico segue em alta acompanhando a oferta escassa. Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 0,58%, a R$ 137,83 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 135,50 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado a US$ 20,11 c/lb e valorização diária de 1,21%.