Açúcar segue em alta nesta tarde de 4ª com atenção para safra do BR
As cotações futuras do açúcar operam em alta nas bolsas de Nova York e Londres nesta tarde de quarta-feira (18) ainda com atenção para a safra 2021/22 do Brasil e mesmo com perspectiva de maior oferta do adoçante da Índia.
Por volta das 12h (horário de Brasília), o açúcar bruto tinha valorização de 0,65%, negociado a US$ 20,15 c/lb na Bolsa de Nova York. Enquanto que o tipo branco cotado em Londres registrava ganhos de 0,56%, a US$ 504,20 a tonelada.
Tanto o tipo branco em Londres quanto o bruto em Nova York operam próximos das máximas de mais de quatro anos nesta tarde de quarta-feira. A atenção segue para os impactos da seca e geadas recentes sobre o Centro-Sul do Brasil.
Para Rafaela Souza, analista de inteligência de mercado da StoneX, disse que o viés de alta para o açúcar deverá seguir no mercado internacional até que novos relatórios da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) sejam reportados.
"O Centro-Sul está atraindo todos os holofotes... Parece provável que quedas muito expressivas ou altas ainda mais expressivas só aconteçam após a gente ter novas divulgações da Unica ou novos dados sobre como deve caminhar a oferta", disse.
Nem mesmo a informação de que a Índia deve elevar suas exportações de açúcar na nova temporada, a partir de outubro, consegue conter as valorizações no mercado externo do adoçante, mesmo sem subsídios do governo, já que os preços estão altos.
“Nas circunstâncias atuais, da forma como vemos o cenário, parece não haver necessidade do apoio dos subsídios. Se as exportações podem acontecer por si só, também é melhor para os mercados globais que nenhum subsídio seja concedido”, disse Sudhanshu Pandey, funcionário do Ministério do Consumidor, Alimentação e Distribuição Pública da Índia.
No financeiro, os futuros do petróleo no cenário internacional operam em alta leve nesta tarde e também dão suporte aos preços externos do açúcar. Apesar disso, o dólar registrava leve alta sobre o real, o que tende a encorajar as exportações.